Um Idiota Na Minha Vida {CONCLUÍDO}

CAPÍTULO ESPECIAL

✴Milena✴

Você sente que nada está bem quando você olha para a pessoa e ela não parece ali. Felipe estava estranho comigo desde a volta do casamento de Joyce e Nicolas. Ele parecia tão, frio e áspero que, pude sentir minhas forças indo embora.

Talvez ele não me queira mais, talvez eu esteja sendo um incômodo para ele ou, talvez, só talvez eu seja insuficiente para ele. Depois de 5 anos namorando e convivendo juntos no mesmo apartamento, talvez ele tenha percebido que eu não era o que ele imaginava.

Me levantei do sofá e caminho até a cozinha. Me sento no balcão e disco o número da única pessoa que poderia me ajudar com ele, que tem sido uma boa amiga a ele e que tem estado mais próxima. Depois de dois toques, a ligação é atendida e a respiração leve dela me fez pensar por que tinha contar com ela.

__ Milena, qual o milagre de Deus que está me ligando? __ Cloe parecia contente com minha ligação

__ Preciso muito de sua ajuda. __ disse sem desvio.

__ Me encontre no coffeh, conversaremos melhor lá. __ Desliguei a ligação e parti para o quarto.

Abro o guarda roupa e pego meu macaquinho azul escuro e o visto, coloco uma sandália baixa e solto meus cabelos negros. Estava com uma angústia no peito, se nada pudesse ser feito, eu saberia que nossa relação chegaria ao fim.

__ Para onde vai? __ a voz dura e grossa dele percorre pelo cômodo do quarto.

Dou um pulo para trás sentindo meu peito pulsar fortemente. Olho para ele que me encarava de cima a baixo com um olhar estranhamente confuso. Passo a mão pelo cabelo e me aproximei dele depositando um beijo em seus lábios. Suas mãos se pousam em minha cintura e fazem movimento de sobe e desce.

__ Encontrar uma velha amiga. __ Murmurei e ele me olhou confuso.

__ A essa hora? __ olhou para o relógio e novamente para mim.

__ Eu realmente preciso.

Abaixei a cabeça e ele a levanta com cuidado.

__ Se é pro seu bem, vá. Estarei bem aqui. __ deu um leve apertão em minha cintura e puxa meu corpo sobre o seu.

__ Obrigada. Eu te amo.

__ Também.

Foi a única coisa que ele disse antes de retirar suas mãos de minha cintura e se virar de costas e andar na direção oposta. Bufei sentindo todo meu corpo pulsar de raiva.

Ama porra nenhuma seu estupido!

Pego minha bolsa e saio dali rapidamente sem nem olhar para trás. O sindicato sorri para mim mas eu não conseguia nem retribuir o gesto. Ando até o estacionamento do local e destravo meu carro jogando minha bolsa no banco carona e em seguida me jogo ali. Partindo para o Coffeh.

O movimento no Rio de Janeiro estava agitado, o trânsito estava uma grande merda. Várias buzinas tocavam ao mesmo tempo. O sinal abre e demoro para sair fazendo o corro atrás de mim tocar a buzina com raiva. Ele me ultrapassa e eu mando um dedo do meu para ele.

__ Vai a merda seu filho da puta! __ Gritei e pisei no acelerador.

O estacionamento do Coffeh estava lotado, por sorte encontrei uma vaga que dava o meu carro direitinho. Pego minha bolsa e saio do carro o travando. Olho pela janela vendo que Cloe já estava lá, sentada e pelo visto paquerando a garçonete que estava a servindo.