Capítulo 28

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Anahí

Depois de passar o fim de semana invejando minhas amigas, sentindo falta de Alfonso e sendo obrigada a ficar com Derrick, fui pra faculdade na segunda de manhã.

Aguentei as aulas sem ânimo algum pra fazer qualquer anotação, eu costumava sentar entre o meio e a frente da sala, mas desde o acidente de Alfonso eu andava sentando no fundo, escondida do professor para que ele não visse a péssima aluna que eu estava me tornando. O que meus pais pensariam de mim se me vissem assim?

Na hora do intervalo sai um pouco da sala pra tomar uma água. Estava no bebedouro quando Derrick agarrou meu braço com força.

- Oi gatinha!

Seus lábios bateram no meu, num beijo estupido e sem carinho algum. Senti meu estômago revirar ao meu lembrar que no sábado fui obrigada a arrumar todo o apartamento dele, enquanto Derrick e Maite transavam no quarto ao lado. O empurrei e virei a cara.

- Aqui não, Derrick.

- Eu acho bom Anahí você não me irritar, fiz uma prova muito ruim hoje e não to de bom humor.

- Problema seu, manda a Maite te consolar! - ironizei e dei as costas.

Derrick agarrou meu braço de volta me machucando, senti ele apertar com tanta força que parecia que estava interrompendo o fluxo de sangue.

- Não vai pensando que porque Alfonso saiu do hospital você vai poder me tratar do jeito que quiser entendeu? Eu duvido que ele conseguiria se defender com aquela perna de gesso.

- Deixa ele e meus amigos em paz, eu já estou com você, o que mais você quer? Para de ficar a toda hora me ameaçando, me humilhando. - respondi, eu não queria, mas estava prestes a chorar.

- É exatamente isso que eu quero, humilhar você, te atormentar pra você aprender a nunca mais aprontar nas minhas costas.

- Você não acha que já me humilhou bastante? Termina logo com isso!

- Pra que? Pra você correr pros braços daquele imbecil, nem pensar Anahí. Você vai ficar comigo até quando eu quiser e saber muito bem o que vai acontecer se você não me obedecer.

Um grupo de alunos entrou no corredor pra voltar pra sala, Derrick segurou meu queixo e sorriu.

- Agora me dá um beijo como uma boa namorada apaixonada!

Tentei empurrá-lo, mas Derrick me agarrou e me beijou a força. Sua língua invadiu minha boca e nunca senti tanto nojo na minha vida. Quando vi que o grupo já tinha passado, mordi a boca dele. Derrick gemeu se afastando de mim e colocou a mão na boca. Gostei de ver que estava sangrando.

- Nunca mais me beije desse jeito!

Derrick me olhou furioso e desferiu um tapa no meu rosto me pegando de surpresa.

- Você é uma vagabunda! - apontou o dedo na minha cara, puxou minha mão e colocou um molho de chaves sobre ela. - Quero a cozinha do meu apartamento brilhando hoje à tarde quando eu chegar, ai de você se eu entrar lá e não estiver tudo em ordem. Não se preocupe com o almoço, vou levar a Mai num restaurante. - me olhou indiferente e me deu as costas.

Assim que Derrick virou o corredor, coloquei a mão no rosto onde ardia e cai sentada no chão. Não consegui segurar e desabei em lágrimas ali mesmo no corredor.

- Moça você ta bem?! - o rapaz se ajoelhou na minha frente, acompanhado de uma moça.

- Eu... To bem! - falei soluçando.

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