Capítulo 48

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Anahí

Acordei na manhã seguinte e estranhei não ver Poncho na cama. Meu estômago roncou de fome e sem perder tempo desci até a cozinha. Ajeitei meu cabelo atrás da orelha conforme descia as escadas e ao ver a sala acabei rindo sozinha, lembrando da noite passada.

- Credo que casa silenciosa! - comentei comigo mesma, na certa o pessoal ainda estava dormindo.

Cheguei no corredor que levava à cozinha e antes de chegar na porta ouvi as vozes de Ucker e Poncho. No começo não consegui distinguir o que estavam dizendo, mas as frases ficaram mais nítidas quando me aproximei.

- Você é muito filho da mãe! - Ucker debochou.

- Filho da mãe ou não, eu ganhei a aposta. Transei com a Any, fiz ela gritar de prazer como eu te disse que conseguiria, agora você está me devendo a grana.

- Você só fez a aposta porque sabia que ia ganhar, você jogou sujo e eu burro aceitei.

- Você achou que ela ia estar cansada demais pra mim, mas ninguém resiste ao Herrera aqui, agora me dá a grana. Se eu tivesse perdido eu ia ter que te pagar.

- Eu não tenho esse dinheiro aqui, eu vou no banco depois e saco beleza?

- Ta bom! Acho que vou usar o seu dinheiro pra levar a Any pra dar uma volta.

- Tenho certeza que ela.... - Ucker começou, mas calou a boca quando me viu parada na porta.

- Que foi? - Alfonso perguntou e olhou pra trás, quando me viu e eu o encarei, ele entendeu tudo e se aproximou de mim, aflito. - Any...

- Você fez o que? - meus olhos marejaram ao acusá-lo.

- Any, me escuta, foi.... Uma aposta idiota, coisa de gente bêbada.

- Você aposta com o Ucker que ia transar comigo no nosso quarto e me fazer gritar e quer que eu acredite que você não fez nada demais? Que foi coisinha boba? Como você teve coragem de fazer isso? - desferi tapas contra ele, enfurecida. - Era isso que vocês estavam cochichando ontem à noite não era? - gritei.

Alfonso agarrou meus punhos e me imobilizou, sua expressão de culpa só me deixou com mais raiva.

- Era! - confessou. - Mas, Any....

- Eu odeio você! - o encarei com ódio e me debati pra me desvencilhar dele.

- Any, espera! - ele me seguiu quando sai da cozinha.

Trombei com a Dulce e Angelique no corredor, as duas me encararam em choque, tinham ouvido tudo. Sem me importar, passei correndo pela sala e subi as escadas, eu só queria entrar no quarto e chorar em paz.

- Da pra me ouvir, porra? - ele agarrou meu braço na metade da escada, quase me derrubando ao me fazer virar pra ele. Puxei meu braço com força e consegui me soltar.

- Alfonso deixa ela! - Dulce pediu.

- Fica fora disso, Dulce. - ele respondeu com rispidez.

- O Ucker não ficou de fora na hora que você combinou com ele de me humilhar né?

- Me escuta, droga! - ele me encarou, aumentando o tom de voz, parecia desesperado, mas eu estava pouco me fodendo pra ele e seu possível arrependimento.

- Eu não tenho nada pra ouvir. Me deixa em paz. Não fala comigo. Não vem atrás de mim! - estava com raiva dele e das minhas lágrimas que não paravam de escorrer.

- Any.... - ele suspirou.

- Você me humilhou na frente deles, Alfonso. Que tipo de amor é esse que você fala que sente por mim? Ficou se achando ontem porque briguei por você, estava todo autoconfiante no jogo, me cobriu com aquela porra de almofada pros nossos amigos não me verem de lingerie e tudo isso pra que? Pra você dar um showzinho particular pro seu primo? Foi divertido ouvir atrás da porta Ucker?

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