Capítulo 65

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Alfonso

Assim que nos separamos Anahí encostou a cabeça no peito e começou a chorar. Agarrou meus braços com força, enquanto soluçava.

- Me perdoa Any, não era pra você ficar assim.

Ela ficou em silêncio e não me respondeu, desliguei o chuveiro e quando puxei o rosto dela, percebi que ela estava prestes a apagar.

- Eu odeio você! - ela me fuzilou e tentou me empurrar.

- Eu também estou me odiando agora. - suspirei.

A coloquei sentada em cima do vaso, peguei uma toalha e enrolei em volta dela.

- Sai daqui, eu não preciso de você!

- Você não ta em condição de se cuidar sozinha. - respondi.

A porta se abriu e Dulce colocou a cabeça pra dentro.

- Tudo bem ai? Achei que tinham se matado. - ela sorriu.

- Me ajuda a trocá-la? - perguntei e quando olhei pra Anahí vi que ela estava quase caindo de sono.

- Claro!

Embrulhada na toalha, peguei Anahí no colo e a levei até o quarto. A sentei na cama e a segurei, enquanto Dulce pegava uma blusa pra ela. Quando olhei seu guarda-roupa não reconheci nenhuma daquelas peças penduradas ali. Tinha coisas que parecia que uma roqueira usaria.

Puxei o zíper nas costas do vestido que ela estava usando e Dulce me ajudou com as alças. Enfiei a camiseta nela e tentei não prestar atenção no corpo dela.

Há essa altura Anahí já estava praticamente apagada, resmungava alguma coisa enquanto a vestíamos e tentava nos empurrar.

Dulce puxou o vestido e agradeci por aquela blusa ser grande o bastante pra chegar às coxas dela. Deitei uma Anahí já apagada na cama e a cobri.

- Acho que agora eu vou embora.

- Obrigada por ter trazido ela.

- Não evitei a bebedeira, mas acho que evitei coisa pior. - suspirei.

- Desculpa o jeito que falei com você mais cedo é que....

- Eu entendo Dulce e não tiro sua razão, a culpa foi realmente minha, mas prometo pra você que eu vou consertar as coisas. - respondi, encarando Anahí.

- Eu espero que você consiga. - respondeu. - Não quer passar a noite aqui?

- Não, eu vou pro apartamento, não é bom ela acordar e me ver aqui. - respondi.

- Você quem sabe! - Dulce deu de ombros.

- Posso pedir pra você ficar de olho nela pra mim?

- E o que eu fiz nos últimos dois meses hein? - ela sorriu e colocou as mãos na cintura.

Sorri e dei um beijo em seu rosto antes de sair do quarto. Dulce abriu a porta pra mim e fui embora com uma sensação de aperto no peito.



Anahí

Acordei e fiquei surpresa por não ver nenhum rapaz com as mãos em cima de mim. Foi ai que me lembrei porque não tinha ninguém na minha cama e uma raiva começou a me dominar, com tanta força que até esqueci a dor de cabeça que estava sentindo.

Me levantei na cama e quando cheguei na cozinha flagrei Dulce tomando café da manhã.

- Bom dia Any, dormiu bem?

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