The Extraordinary Days Of Doctor

Um Deus na Terra? Surge o Dochuntelum!

Pov's Doctor

Depois que tive um forte ataque de asma, meu corpo caiu em uma fraqueza que eu jamais havia sentido antes, entretanto, depois de tomar uma dezena de remédios fortes e amargos... Acordei de um quase-coma e fui surpreendido por duas coisas, a primeira delas é que estou preso no meu próprio quarto, e a segunda, é que um estranho código foi misteriosamente queimado no meu pulso.

13R... O quê isto significa? Depois de ficar mais alguns momentos em silêncio e encarando o código, deslizei os dedos sobre o código e percebi que era de fato algo que foi marcado em mim, havia uma espécie de camada de pele extra formada sobre código... Então lembrei de um pensamento anterior, teria sido a Jackie quem fez isso?

Se sim, qual Jackie? De qual terra e por qual razão? O quê diabos 13R significava?! Seria uma cordenada enviada por uma contrapartida que buscava minha ajuda? Se foi isso, o pobre super-humano ou a pobre super-humana se viu num mau momento, minha inteligência não é grandiosa o bastante para traduzir dois números e uma letra!

Agora e se minhas teorias estiverem erradas? (Algo um tanto quanto provável de se acontecer)  Quem me marcou com isso? Por quê? O quê 13R significa para mim ou para os sobreviventes da Equipe Doctor?

- PELO AMOR DE CRISTO, EU PRECISO DE RESPOSTAS! EU PRECISO SAIR DAQUI! PRECISO SER O DOUTOR, PELO AMOR DE DEUS, EU PRECISO SER O DOUTOR, EU PRECISO SER O DOU...

Gritei e gritei comigo mesmo, nada e nem ninguém provavelmente me ouviriam, foi isso que fez um arrepio frio e perturbador deslizar lentamente sobre cada pedaço do meu corpo e soar feito uma tortura silenciosa em meus ouvidos...

- Então é este o meu final? Oh céus, como eu sou tolo! Esse é meu monologo final, a última briga comigo mesmo, meu deus meu deus meu deus! É óbvio, muito óbvio, por quê não encarei isso antes? Então esse é o último piscar de olhos? Universo, me jogando de um lado para o outro, e enfim eu caí aqui... Meu quarto, o pedaço literal desfigurado de mim mesmo!

Entre mil significados que eu poderia facilmente imaginar na minha cabeça para formar 13R, só um deles é perplexamente único e óbvio o bastante para riscar as minhas unhas em um quadro negro... Treze Reações, é claro! Treze reações... Malditas treze reações!

- Ah qual é? Essa é sua carta final, deus? Leve-me do meu quarto até uma sala de torturas particular... É óbvio, óbvio demais, pelo amor de deus, esse sou eu, deus? Ainda sou eu? O doutor não literal, o garoto híbrido... Há vinte e um anos e meio vagando sobre a mesma questão... Qual adjetivo sou eu? Covarde ou corajoso? Deus! Ô deus, estou aqui correndo para ficar parado!

Já não há oque fazer, se meu pensamento estiver certo como presumo que esteja, esta é a jogada final, o chute reto ao gol que o maior jogador errou, esse sou eu, Léo Ott xingando à mim mesmo em um quarto vazio, frio e silencioso... Talvez cada reação que o código queimou em mim, talvez cada uma das treze reações seja uma morte ou uma pessoa perdida... Isso é como se jogar em um vidro cheio de tubarões... Se estou caindo, vou gastar meu tempo pensando em qual me comerá primeiro, aproveite o momento, siga caindo, Doutor... Este sou eu, sempre eu, sempre e apenas, eu.

- Viva o momento, é isso? Você está dizendo que devo morrer em silêncio? É algo poético, algo poético demais, sempre odiei poemas ou poesia mas esse é meu caixão sendo soltado devagarzinho na cova, eu vou ser morto por uma simples crise existencial... Mas mereço isso, não é? Mereço morrer, afinal, eu indiretamente matei cada uma das reações... Deus, cale a boca, Léo cale a boca, minha morte cale a boca, calem a boca tudo e todos vocês... Simplesmente calem a boca, essa é a engajada poética? Continue gritando, gritar lhe faz perder o ar, quanto mais rápido meus pulmões esvaziarem, mais rápido vou cair agonizando no meu mar de lágrimas e enfim... Deus, o diabo, minha mãe e um corvo, todos estão cabisbaixos e lamentando minha morte, ambos os quatro tentando entender a razão, como parei neste caixão?