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Segui pelo corredor do terceiro andar procurando pelo quarto 201, o corredor seguia o padrão de decoração da recepção, porém ao invés de as paredes serem cremes, elas eram vermelhas como o carpete.

Uma vez ou outra se via um quadro aqui ou ali, com as mesmas molduras douradas, as vezes mudava-se o padrão entalhado nelas mas as vezes eram o mesmo.

Plantas em vasos estavam ao lado da porta dos quartos seguindo um padrão: um vaso a cada oito quartos.

Estava tão preocupada com a decoração que quase passei direto pelo quarto.

Olhei novamente para o cartão que estava junto com a chave para me certificar de que aquele era mesmo o meu.

- quarto 201,bom, está certo.- abri a porta com a chave e tive uma surpresa ao entrar- pelo jeito você conseguiu achar o quarto bem mais rápido que eu, está comprovado alguma coisa está errada por aqui, era pra eu ser a rápida e você a lerda. - falei com um sorriso.

Lá dentro Cassie pulava na cama,que presumi ser a dela, como uma criança de cinco anos.

Ela parou por um momento ainda rindo pelo momento prazeroso que estava tendo.

- Ou talvez, eu só não fique de papo furado com príncipes de armadura reluzente, que vêm em um lindo cavalo branco para me levar ao palácio até a rainha, ou se preferir a mamãe- falou ela com uma voz fininha.

- Você fala como se eu fosse uma princesa e fosse controlar um reino inteiro com o movimento do mindinho, " serva feche os portões do palácio"- disse fazendo um movimento preguiçoso com o mindinho em direção a porta e empinando o nariz, fazendo uma imitação, ri do quanto aquilo parecia ridículo.

- Sim majestade- disse ela correndo apressadamente até a porta com a sua chave em mãos, como se não cumprir aquela ordem pudesse lava-la a perder sua vida, entrando na brincadeira.

Depois de a porta estar trancada olhamos uma para a outra e começamos a rir.

Comecei a dar pequenos pulinhos sentada para testar a cama, nunca tinha visto uma cama tão macia.

- Mas querida Liza você ainda tem dúvidas que sua mãe é algum tipo de rainha? Olhe para isso! Ela pode não ter um reino, mas com certeza tem dinheiro para comprar um se quiser- falou Cassie se jogando na cama e rindo- estou me sentindo no paraíso.

Sorri ao ver aquela cena, ficava feliz de ver que Cassie também se sentia assim.

- Não fique muito empolgada, até onde sabemos quem está pagando por tudo isso é Max e não minha mãe.

- E ele veio a mando de quem mesmo? Refresque minha memória por favor.

- Cassie... Ele pode ter muito carinho pela minha mãe, ela pode ser só uma empregada dele e ele sim ser o verdadeiro rico da história.

- Quer saber, esqueça. O que me importa agora é aproveitar o que temos, caso venha a acabar porque você não é a pessoa certa, ou porque sua mãe não é rica, ou sei lá porque, vamos ter aproveitado o máximo que podíamos.

Acenei com a cabeça em concordância, não podia fazer mais nada além de esperar e torcer para ser a minha mãe.

- Tem razão.

- Eu sempre tenho- disse ela, mandando um beijinho no ar.


Sorri e balancei a cabeça de um lado para o outro com aquela expressão de você não tem jeito mesmo.

- Vou explorar- falou ela correndo para o que parecia ser o banheiro.

Enquanto isso eu olhei em volta e comecei a reparar nos detalhes do quarto.

AbandonadaOnde histórias criam vida. Descubra agora