Visita

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Hoje, Holver. 20:30.
Quarta-feira. Sete dias depois.
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Acordo com um abrangente medo de não resistir a nada. Sinto o soro ardente passando por entre minhas veias. Os pulmões pesam a cada respirada. Quero olhar em volta, e quando faço, noto o braço esquerdo coberto de gesso a partir do cotovelo. Não consigo me importar tanto quanto quando estava acordado num momento anterior.

Eu a vi. Sei o que vi.

Não estou enlouquecendo, apesar do que pôde ter acontecido. Céus!

Batem na porta. Toc toc. Pelo canto dos olhos, reparo que a estante já está no lugar. Logo entram na sala.

Ela, que tem o mais belo sorriso, me fita com o cenho franzido.

- Oi, querido.

Ele, que o senso responsabilidade transgrede, me causa ânimo.

- Oi filho.

- Oi gente... - falo com a voz trêmula. Encho meus olhos com lágrimas pungentes de felicidade. E nostalgia. Sinto aconchego. Ao mesmo tempo, um amargor climatizado. Chegam perto devagar.

O que eles têm a me contar?

Até o Limite por VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora