Nana, who are you? 2 || L.T. ||

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Katerina POV

Saí de casa sem destino, apenas queria ficar sozinha com os meus pensamentos. Louis ultrapassou os limites mais cedo, ele não tinha o direito de questionar o professor sobre a duração do workshop. O que ele queria afinal? Não entendia a desconfiança e o ódio que ele sentia pelo professor Michael. Não foi o workshop e a minha dedicação a ele que me afastou de Louis e nos fez ter incontáveis brigas, foi esse ciúme do Louis e a minha falta de paciência para aguentar isso.

Parei perto da praia e, depois de comprar um maço de cigarros fui andar um pouco à beira mar, enquanto acendia um. Eu apenas queria paz, queria estar bem comigo mesma. Não queria brigar por coisas sem sentido, sem fundamento. Louis estava inseguro, acho que o facto de vivermos num outro país fê-lo ser mais protetor e cuidadoso comigo mas isso chegou a um ponto insuportável. Eu não era nenhuma bebé, estava estável psicologicamente, não havia motivos para Louis querer controlar-me a esse ponto. Isso estava a sufocar-me e deixava-me receosa com qualquer coisa que eu fizesse, pois não saberia a reação dele.

Perante as atitudes de Louis, o professor Michael demonstrava sempre maturidade e até achava graça à forma como o meu namorado agia. Eu admirava isso nele e desejava que Louis fosse assim, mais descontraído e que confiasse mais em mim, que respeitasse as minhas decisões e que compreendesse o meu lado. Eu sei que também não sou o exemplo de compreensão, mas eu nasci e cresci sem ser compreendida por quem me rodeava, quando encontrei Louis tudo mudou ,mas agora parece que até ele falha nisso.

Decidi ligar para Pearl, estava com saudades dela e queria saber o que ela achava de tudo o que eu estava a pensar. Enquanto esperava acendi outro cigarro.

- Katerina. - gritou do outro lado assustando-me.

- Olá amiga.

- Amiga? - disse debochada - Agora lembraste de mim? - ri com o seu drama.

- Pára com isso, sabes que és a minha melhor amiga sempre.

- Eu sou a melhor amiga, mas tu não tens sido muito. - ironizou.

- Desculpa, mas ando com tanta coisa na cabeça. Preciso de conversar contigo.

- Estás desculpada, sabes que eu não vivo sem um draminha básico. - ri e sentei-me na areia sentindo o sol em minha pele. - O que aconteceu?

- Eu e o Louis... - suspirei - Estamos a discutir demasiado.

- Hum, mas qual o motivo?

- Eu tenho aulas extras com um professor, em casa dele, e o Louis acha que ele quer alguma coisa comigo, fica cheio de desconfianças, diz que eu afastei-me dele...

- Professor? - disse confusa - Por que ele teria ciúmes de um professor, ele é gato?

- Muito. - confessei.

- Então meio que entendo o Louis. - riu fraco - Mas ele dá em cima de ti?

- Não sei, mais ou menos. Às vezes eu acho que sim, mas outras vezes ele é um ogro. Então, nem sei o que pensar.

- Bem, se ele numa hora é todo bonzinho e na outra te afasta, talvez esteja a testar-te para ver as tuas reações. - disse fazendo-me pensar.

- Achas que ele poderia querer algo comigo?

- O Louis nunca foi de dar chilique sem motivo, sabes disso, se ele diz que o professor te quer, então talvez não seja mentira. Talvez ele tenha percebido isso e tu não.

- Achas que eu posso estar iludida por ele?

- Eu não disse isso Katerina, apenas que o Louis entendeu os sinais mais rápido...Mas, espera lá, tu estás interessada nele? Estás iludida pelo teu professor? - questionou incrédula.