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- Pensei que fosse o James que viesse buscá-lo?! - Rayna disse curiosa.

- Ele foi correr e chegou tarde. - contei - Não há nada para ele levar? 

- Não, senão daqui a pouco ele tem tudo em tua casa. - ela disse rindo - Amanhã cedo ele tem escolinha, não te esqueças de o levar.

- Amanhã ninguém vai a lado nenhum, estou com vontade de ficar em casa. - falei.

- Uhuh. - Freddie gritou contente - Vou brincar todo o dia.

- Só desta vez. - Rayna disse fingindo seriedade. 

- Louis já fizeste o jantar? - Dalila perguntou e neguei - Então espera um pouco que o nosso jantar está quase pronto e levas.

- Não precisa Lila, eu passo no take-away.

- Nada disso, levas da minha comida. - insistiu.

- Tudo bem, obrigado.

- Acho bom, não quero o meu filho a comer besteiras. - Rayna disse e ri.

- Ele quase nunca come, sua chata. - disse e sentei-me em outro sofá com Freddie no meu colo. 



Dalila saiu por alguns minutos, provavelmente foi ver o jantar e fiquei ali naquela situação. Mas ignoraria Katerina e o seu namorado ao máximo, era como se eles não estivessem ali, embora sentisse uma faca a atravessar o meu coração e a feri-lo constantemente. 



- Papá, a tia é burra. - Freddie disse e Katerina olhou-o confuso.

- Porquê? - ela perguntou e encarei Rayna que também não fazia ideia do que ele estava a falar.

- Porque és. - disse convicto e chateado escondendo-se no meu pescoço. 

- Freddie. - Ray repreendeu-o e ele apertou-me ainda mais.

- O que foi bebé? - sussurrei e ele olhou-me triste.

- A tia não gosta mais de ti papá. - sussurrou-me também mas com o silêncio da sala acho que todos ouviram. - Tu não és mau, como é que ela não gosta de ti? - encarei-o por segundos procurando as palavras certas, Freddie estava naquela fase em que perguntava tudo, e cabia aos pais responderem da forma mais simples, mas não sei se me iria sair bem nisso. 

- Às vezes as pessoas deixam de gostar das outras, filho. 

- Mas as pessoas não gostam pra sempre? - rebateu. - Tu e a mamã sempre dizem que me amam para sempre. - olhou-me confuso.

- São amores diferentes. Eu amo-te para sempre, mas há amores que não são assim.

- E ela agora gosta daquele homem? - assenti - Mas também não será para sempre, pois não? - Vi Rayna arregalar os olhos e segurar o riso, posso dizer que estava com a mesma reação. 

- Não sei, filho. - acariciei os seus cabelos. 

- Tu estás feliz na mesma não estás, papá? - assenti não muito certo disso - Como a vovó diz, é isso que importa. - deu de ombros e ri vendo Ray fazer o mesmo. 



Katerina e Michael conversavam entre si e Dalila voltou dizendo que o jantar já estava pronto. Todos nos levantamos  e Dalila interrompeu-nos. 



- Aparece cá mais vezes, Louis. Sabes que esta casa também é tua e podes vir cá quando quiseres.

Nana, who are you? 2 || L.T. ||Onde histórias criam vida. Descubra agora