Eu- o que me faz chorar é a minha vida.
Niall- conta-me, por favor.
Eu- bem, eu…
Eu nasci em Londres. Venho de uma família judia e alemã. A minha mãe morreu no parto e eu fiquei durante 3 meses no hospital sozinha. Até o meu pai saber do meu nascimento e me foi buscar para a Alemanha, mas o meu avô não queria ficar comigo, pois eu era filha de uma judia e o meu pai era militar e não tinha tempo para mim. O meu avô materno, vivia em Portugal e quando soube de mim, veio-me buscar e levou-me com ele. Foi ele que me criou até aos 10 anos. Eramos pobres, não tínhamos nada para comer, passei muita fome. O meu avô era muito doente e tomava medicamentos muito caros e não podia trabalhar, por isso, fui eu. É difícil e acreditar mas com apenas 6 anos já fazia limpezas em casa de umas senhoras que me aceitaram, pois sabiam o meu sofrimento. Ele não venceu a doença e morreu. Chorei muito a sua morte, ele era tudo para mim. Vim para a Alemanha viver com a família do meu pai, mas nunca fui aceite. O meu avô paterno nunca gostou de mim e sempre o admitiu. Não passei muito tempo com o meu pai devido a ele ser militar, estava sempre em missões e trabalhos. Estive apenas dois anos lá na Alemanha. Em pequena como andava a trabalhar, não andei na escola. Lá tive que aprender a ler e a escrever e os meus colegas achavam-me estranha por isso nunca fiz amigos. O meu pai morreu num atentado terrorista e o meu avô expulsou-me de casa. Contactei a mae da Amy e ele acolheu-me até agora. Mas soube a poucos dias que herdei muito dinheiro do meu pai e o meu avô agora quer que eu vá viver com ele para a Alemanha, para ver se fica com o dinheiro do meu pai.
Não consegui dizer mais nada. Já estava a chorar outra vez. Olhei para o Niall e vi que chorava também. Abraçou-me com força e choramos os dois. Eu mais que ele, mas foi um gesto bonito. Quando já não conseguia mais, larguei-o e sorri.
Eu- pronto já chega de chorar… Niall, obrigada por me ouvires. És muito querido.
Niall- não fiz nada de mais… Mary tenho uma coisa para te dizer…
Eu- diz…
Niall- amanha nós vamos embora…
Eu- ah… que pena…
#Mary off#
#Niall on#
Que história triste. Não a queria deixar nunca mais, mas amanha nós íamos embora para a América.
Eu- tens ainda os meus contactos? Sempre que precisares, contacta comigo, por favor. Não te esqueças de mim.
Mary- obrigada. Nunca me vou esquecer de ti, foste a pessoa mais querida que eu alguma vez conheci. És como um anjo.
Corei com as suas palavras e ela também. Sorrimos. Falamos a manha toda e a hora do almoço ele decidiu que era melhor ir para casa.
Mary- mais uma vez, obrigada Niall.
Não resisti e abracei-a fortemente. Desta vez fui correspondido. Adorei sentir o seu toque, o seu cheiro a sua pele. Causou-me arrepios.
Mary- tenho que ir. Posso-te ligar esta noite?
Eu- sim, claro. Estarei a espera.
Sorrimos, mais uma vez. Dei-lhe um beijo na bochecha e ele corou. Foi se embora. Nunca me vou esquecer dela, ela de certa forma é especial. Vim de volta para o hotel. Como era hora do almoço fui ate a nossa mesa. O resto da banda tava lá.
Harry- então, Sr. Niall… por onde tem andado? E já agora quem era a menina que saiu consigo hoje?
OMG eles viram-na.
Liam- sim quem era?
Louis- houve festa ontem há noite… muito bem Sr. Niall.
Eu- parem com isso. Ela é apenas uma amiga…
Harry- não sabia que tinhas amigas em Portugal…
Zayn- muito menos amigas que passam a noite com o amigo…
Estavam todos com piadas. Olhei zangado para cada um e eles pararam. Comi e fui para o quarto. Já estava todo arrumado, as empregadas já tinham feito a cama, onde ela esteve, mas o seu perfume ainda estava ali. Deitei-me na cama e lembrei-me do que ela me tinha contado hoje. Sem querer uma lagrima sai dos meus olhos.
# Niall off#
#Mary on#
Fez me bem falar com o Niall. Mas ainda não estava tudo bem em mim. Estou quase a chegar a casa e tenho medo o que posso ainda lá encontrar. Cheguei, abri a porta e vi…