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oi pessoal... Como vocês estão? Não tenho muito o que falar...

boa leitura

***

Imagem de duas rainhas aflitas estava congelada em minha mente. Já tinham se passado duas horas e dois terços do castelo estava comigo no subsolo, esperando um sinal dos guardas avisando que estava tudo limpo. Mas nada ficaria bem até que minha mãe e a rainha da Escócia achassem seus filhos: Charles e Harry. A família de Phillip estava próxima do rei e eu e minhas amigas conversávamos baixinho sobre os barulhos que conseguíamos ouvir. Sugeri que Gemma se juntasse a nós para que ela se distraísse um pouco.

- Querem tirar meu pai do trono. – comentei com a garota loira ao meu lado. Todos pareciam lutar para não dormir. – Talvez isso tudo seja um aviso.

- Não se preocupe. – Gemma sorriu fraco. – o rei Henry não sairá do poder tão cedo.

- Você parece tão calma. – observei. – Como faz pra lidar com a pressão do povo?

- Tenho tempo para isso quando estou sozinha no quarto, Alteza. – assenti e ficamos caladas por um tempo, eu acariciava o cabelo de Kenna, adormecida junto das minhas três amigas. – A Escócia vem sendo ameaçada também, mas por um príncipe. Ele é rico e era próximo de nós, o poder subiu a cabeça.

Quis perguntar mais sobre as ameaças, mas fomos interrompidas por dois guardas que avisaram que já podíamos subir. Minha família foi escoltada por cinco guardas até o primeiro andar do castelo. Ouvi o choro agudo da minha mãe assim que ela viu Charles adormecido nos braços do príncipe Harry.

- Está tudo bem, estávamos no outro esconderijo com os criados. – ele a tranquilizou, deixando que ela se debruçasse no meu irmão. – Se me permitisse, eu gostaria de leva-lo até o quarto, com as criadas.

- Eu vou com ele. – Angelina pronunciou. Eu fui até minha mãe saindo do aperto de Phillip. Não havia nada que pudéssemos fazer a não ser ir para os quartos e esperar que resolvessem isso.

- Ele não chorou muito. – Príncipe Harry relatou antes de ir com o dobro de guardas e três criadas atrás dele. – Ele perguntou por vocês mas depois dormiu.

- Obrigada por cuidar dele. – minha mãe agradeceu e eles sumiram do nosso campo de visão.

No hall do castelo havia uma grande mancha de sangue como se alguém tivesse sido espancado e arrastado a força de lá. Os guardas contaram que algumas pessoas conseguiram entrar pelos fundos e estavam tentando se esconder. Mas foram capturadas e presas nas celas para interrogatórios. Os que se manifestaram, sofreram punições severas dos próprios guardas.

O castelo não estava bagunçado, exceto por alguns vasos e porcelanas quebradas na entrada. Fomos proibidos de sair até segunda ordem, tinha perigo de algum grupo ter se escondido lá. Aparentemente, nada de valor foi roubado. Demos sorte em ser apenas um protesto, com direito a tijolos e bombas de areia.

Os protestantes eram uma minoria de todo o povo, que só queriam colocar o seu líder no poder. Eles não concordavam com a ideia de uma monarquia hereditária e fariam de tudo para mudar isso. Nunca demos de cara com o lado mais agressivos deles, os que matavam pessoas de todos os lugares do país como forma de aviso. Os que entravam no castelo eram apenas protestantes, que de alguma forma acreditavam que eles estavam fazendo o certo para Inglaterra.

***

Phillip partiu horas depois do ataque, que não passou de uma mera manifestação. Ele disse que tentaria voltar em uma semana. Passamos os últimos minutos de sua estadia no castelo presos em uma varanda, nos beijando e aproveitando o silêncio. Assim que me despedi dele, fui encontrar com minha professora de piano e passei a tarde toda praticando, sendo interrompida só por Carlota, que foi me acompanhou até o chá da tarde.

Reinado // h.sOnde histórias criam vida. Descubra agora