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antes de tudo, eu queria esclarecer algumas coisas. é importante.

quando eu comecei reinado, foi uma ideia completamente aleatória que surgiu do nada na minha cabeça dentre todas as outras ideias que eu tinha no meu computador. eu comecei a escrever, porque estava sem nada pra fazer e parecia interessante. mas eu não pesquisei o bastante nem me aprofundei mais nas ideias. eu só continuei com a fic porque eu já tinha postado. mas a minha escrita melhorou mil vezes, e o meu jeito de organizar as ideias também. então, peço desculpas por ter sido tão desleixada com reinado, eu gostaria de ter tido mais atenção.

e outra, por causa disso, eu não decidi me aprofundar em alguns assuntos que dão de cara coma  fic e precisam ser discutidos na vida real. como eu falei, não tive tempo para organaizar melhor as ideias. então, eu não vou nem tentar enfatizá-los nessa fic, ok?

eu espero que vcs gostem do final, mas entendo se não. eu aprendi que, as vezes, é preciso mudar algumas coisas nas histórias porque nem tudo é um conto de fadas. tem consequências e precisamos mostrar isso, mesmo que isso resulte em um final diferente do que esperamos. 

enfim, aproveitem o último capitulo real da história.

***



- Majestade, Cameron está te esperando pa... – Mary parou de falar assim que entrou no quarto. Eu estava perto da porta, tentando me sustentar nas prateleiras. – Jane, o que aconteceu?

- Eu só preci... me ajude a sentar, por favor. – ela me amparou com seus braços finos e me guiou até a cama. Eu estava me contorcendo de dor, mal conseguia respirar.

Quando me sentei, uma pontada forte me atingiu de baixo para cima. Eu acordei com contrações dolorosas e percebi que Cameron não estava do meu lado, ele ainda não tinha voltado da viagem. Eu sabia que eu precisava chamar alguém, mas não conseguia dizer nada até que eu voltasse a dormir. A dor não parou quando eu acordei, ela ia e voltava com mais frequência e mais força.

- Jane, eu preciso chamar um médico. – ela era uma das minhas criadas mais próximas, e sua preocupação era nítida em seu olhar. Eu segurei sua mão para que ela parasse de andar de um lado para o outro e me olhasse.

Mary se sentou ao meu lado, encaixando uma mecha do meu cabelo suado atrás da orelha. Eu gemia de dor e não conseguia parar o choro. Passei por muitas coisas na minha gravidez. Desde o primeiro dia, eu sabia que seria difícil. Eu sentia muitas dores de cabeça, enjoos e cansaço. Eu estava começando a me acostumar com isso, mesmo ainda estando no terceiro mês. Mas eu sabia que o que eu estava sentindo naquele momento não era um simples sintoma gerado pela gravidez. Alguma coisa estava errada.

Senti um líquido quente escorrendo pelas minhas pernas e levantei a saia do vestido para ver o que era. Havia sangue por toda a minha roupa, e começava a manchar o lençol da cama. Mary se espantou com a cena. Eu não acreditei no que estava vendo.

- Jane, o bebê. – ela lamentou, confirmando minhas suspeitas.

Eu acabara de perder meu filho. Eu sabia que era normal, e eu tinha grandes probabilidades de ter um aborto espontâneo. Minha família e os médicos já me alertavam sobre os riscos e cuidavam de mim da melhor forma. Mas ninguém, jamais, poderia ter me preparado para o que eu senti quando vi o liquido vermelho descer pelas minhas pernas, levando meu primeiro e único filho embora.

Reinado // h.sOnde histórias criam vida. Descubra agora