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DEPOIS DE DEMORAR MIL ANOS, MAIS UM CAPITULO. 

me desculpem pela demora, nossa eu fiquei com um bloqueio criativo enorme. eu sabia o que ia acontecer mas não conseguia escrever. enfim, boa leitura.

***


A Inglaterra tinha muito mais aliados do que inimigos. Depois de se desprender da Igreja Católica, fizemos da maioria protestantes. Isso aconteceu para que pudéssemos criar mais vínculos com países que também eram protestantes. Muitas pessoas estavam seguindo os nossos passos e deixando a Igreja Católica de lado. Mas muito delas não aceitavam a mudança repentina e por isso, lutavam pelo o que acreditavam. O castelo sofria muitos ataques e revoltas dos radicais católicos.

Como alguns não aceitavam a religião, outros não aceitavam a hierarquia. Tínhamos uma prima, muito distante, que se ela quisesse poderia lutar pelo trono (mesmo não sendo a primeira herdeira.) Porém, o rei Henry, como primogênito, assumiu o trono. Boa parte da população não se agradou com as ideias do rei, pensando que qualquer um poderia assumir o trono melhor do que ele. Conseguiriam apoio de países menores e atacavam constantemente o castelo, como ameaças. Não sabíamos de onde viam ou quem comandava-os, mas sempre que o faziam deixavam estragos.

Infelizmente, não foram os radicais que atacaram o castelo da última vez. Foram os de fora, os quais costumavam-se chamar de "futuristas". 

Após o castelo ser limpo e revistado, todos foram para os quartos se acalmarem para mais tarde. Olga, uma das quatro de minhas criadas pessoais, foi assassinada por um dos futuristas naquele dia. Ela ficou de fora do esconderijo por algum motivo e foi achada por eles, escondida debaixo da cama. Ela tinha sinais de tortura pelo corpo, talvez quisessem saber onde o rei estava, mas não estava viva. Convivi com ela desde pequena. Ela cuidava de mim mais que a minha própria mãe. Me ajudava sem reclamar e então, estava morta.

Normalmente, nunca era anunciada a morte de uma criada. Mas eu exigi que fosse. Por ela e pelas outras três que continuavam do meu lado.
Tudo foi arrumado às pressas, o velório, o caixão e a comida. Até mesmo eu, com o meu vestido preto e liso, pesado e sem graça juntamente com a minha capa da mesma cor. Estava chuviscando lá fora e por isso usávamos aqueles capuzes.

- Vossa Alteza. – Carlota parou no começo da escada, acompanhada de Becca e Anna. – Nós não vamos. Não conseguimos.

- Não façam isso. – pedi, subindo alguns degraus para alcançá-las. – Eu não tenho ninguém que me entenda lá embaixo. Vocês conheciam Olga mais do que eu, garotas. Por favor.

- A culpa foi nossa. – soltou Becca, deixando que as lágrimas escorressem. – Não estávamos com ela no momento. Mas se estivéssemos...

- Não vou conseguir sozinha. – pronunciei e me apoiei no corrimão. – Toda a corte está traumatizada. Os convidados passaram por isso também e estão sendo obrigados a assistir um velório de uma criada. Eles me acham ridícula por ordenar que façam isso e sabe, eu não me importo. Porque Olga era a minha família. Assim como vocês são. Então se não querem ir, não vão. Mas sabem como ela era, e o que ela faria agora.

Voltei a descer apressada e sempre segurando a barra do vestido para não tropeçar. Mais do que nunca, eu estava com dificuldades para andar corretamente. As lágrimas embaçavam a minha visão e se acumulavam nos meus olhos. Eu me recusava a deixa-las saírem.

Todo mundo estava conversando baixo quando eu cheguei. Fomos encaminhados para fora do castelo, onde tudo já estava pronto para a cerimônia. Um caixão preto estava na frente e dois tronos estavam do lado. Assim como o rei e a rainha. Eles deram um discurso de superação e coragem e todos aplaudiram. Caminhei até a frente, onde o corpo da minha criada estava e me curvei sobre ela.

Reinado // h.sOnde histórias criam vida. Descubra agora