Capítulo 25

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Anahí


A hora que eu mais temia da noite chegou rapidamente. E eu me senti ridícula com a situação, pois, todos os casais estavam juntos dentro de suas barracas e o meu namorado esperava do lado de fora eu me arrumar.

Alguns minutos depois ele apareceu colocando a cabeça pra dentro da barraca.

- Já se trocou?

Any: Uhum! - assenti envergonhada e Poncho entrou na barraca.

Sem dizer nada e com toda a naturalidade ele tirou a camisa e a bermuda e colocou uma calça de moletom.

- Você dorme sem camisa?! - perguntei surpresa e envergonhada quando ele se aproximou.

Poncho: Algum problema?

Any: Não! - respondi negando com a cabeça rapidamente.

Poncho se aproximou e deitou no colchão de ar. Eu continuei sentada como uma boba sem me mexer.

- O que foi? - me olhou.

Any: Nada! - disfarcei, mas eu sabia que era uma péssima atriz.

Poncho: O que foi? Você já deitou comigo várias vezes no hospital, o que te deu agora?

Any: No hospital é diferente... Eu sabia que ia embora rapidinho, que alguém ia aparecer, estávamos num lugar cheio de gente e você estava usando uma espécie de camisola. - respondi envergonhada.

Poncho: Any vem cá, deixa de ser boba. - me puxou gentilmente e acabei deitando ao seu lado. - Eu já disse que não vou fazer nada que você não queira. - me abraçou me encarando.

Any: Eu sou uma palhaça né? - fiz uma careta.

Poncho: Não... Você é a garota mais linda do mundo e eu te amo muito viu? - sorriu apertando meu nariz.

Any: Eu também te amo! - sorri.

Poncho: Então não fica cheia de cismas... Vamos ficar quietos aqui e esquecer do resto ok?

Any: Ok! - assenti sorrindo, eu to falando que ele é perfeito demais pra mim.

Poncho me abraçou aconchegando minha cabeça no peito dele. Mesmo sem jeito uma das minhas mãos envolveu a cintura dele e a outra ficou apoiada em seu peito. Respirei fundo e soltei o ar fechando os olhos, tentando relaxar. Os braços dele me apertaram e ele depositou um beijo na minha cabeça suspirando.

- Boa noite meu anjo!

Any: Boa noite meu amor. - retribui o encarando com um sorriso.

Poncho me lançou um de seus mais belos sorrisos antes de me dar um beijo. Voltei à posição de antes e fechei os olhos mais relaxada deixando que o cansaço e o sono me dominassem. Mesmo assim percebi quando Alfonso adormeceu antes de mim, pois os braços dele relaxaram e a respiração se tornou lenta e regular. Me mexi com cuidado pra não acordá-lo e o olhei dormindo. Meu coração acelerou como sempre acontecia quando eu o via e também se apertou dentro do meu peito. Eu nunca achei que fosse capaz de amar tanto uma pessoa, como eu o amava.

Eu queria ser perfeita pra ele, fazer as coisas certas, queria que Alfonso tivesse orgulho de mim, que o amor dele por mim crescesse a cada dia pra que assim ele não me deixasse. Eu precisava demais dele, mais do que fazia ideia, mais do que ele podia imaginar. E mesmo querendo ser perfeita, eu ainda não conseguia esse feito, eu era cheia de falhas, de medos que ele ainda desconhecia, mas mesmo assim ele me amava e me queria por perto.

Pensar nisso me deixou com os olhos marejados. Mordi os lábios quando respirei fundo não querendo que ele acordasse. Se um dia eu o perdesse fosse por sua doença, fosse por qualquer outro motivo eu não tinha ideia e me dava medo pensar no que aconteceria comigo. Eu precisava dele muito mais do que imaginava. Poncho era simplesmente a minha vida. No sentido literal da palavra.

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