Capítulo 68

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Anahí

Dulce se aproximou e me encarou preocupada.

- Any para de falar absurdos, é impossível fazer o que você esta pensando. - se aproximou.

Any: Poncho é minha vida Dul, se ele morrer, eu moro junto, mas se eu morrer, ele vive... E é isso que eu vou fazer. Vou doar meu coração pra ele! - respondi decidida com o rosto banhado pelas lágrimas. - Ele merece viver mais do que eu! - afirmei por fim, conseguindo parar de chorar.

Dulce: Any não pode seguir com essa ideia... É loucura!

Any: Deus esta me testando, eu tentei me matar três vezes, agora ele quer saber se eu tenho coragem de me matar de novo pra salvar a vida de alguém... Vocês não vão encontrar um doador, porque eu sou o doador.

Manuela: Você não vai fazer uma loucura dessas... A gente não vai deixar.

Any: Se não aceitarem por bem, vão ter que aceitar por mau. - respondi séria.

Ucker: Any, não faz uma besteira... É exatamente isso que o Poncho não quer que você faça.

Any: Ele não ta em condições de escolher Ucker.

Carlos abriu a porta e saiu no corredor, me aproximei dele e disparei decidida.

- O que eu preciso assinar para você fazer o transplante entre mim e o Poncho?

Carlos: Any...

Any: Carlos ou você faz o que eu to pedindo ou já sabe o que vai acontecer, mas você vai correr o risco de saber que talvez não dê tempo de me salvarem e fazer a cirurgia e ai você vai perder os dois. - declarei controlando as lágrimas.

Carlos: Eu já disse que é contra ética, ainda mais sendo pra salvar meu filho.

O encarei não aceitando sua resposta e sai correndo. Os outros me seguiram tentando me impedir qualquer que fosse a minha ideia. Avistei um enfermeiro se aproximando e de surpresa peguei o bisturi que levava na bandeja.

- Não se aproxima de mim. - avisei à ele e aos outros.

Maite: Any, por favor, não faz isso. - implorou chorando.

Any: Se ele aceitar fazer o transplante eu não faço. - respondi chorando, o bisturi apoiado no meu pulso. - Eu juro que eu me corto e se vocês me salvarem e não doarem meu coração pra ele, eu faço tudo de novo.

Kuno: Por favor, alguém faz alguma coisa. - pediu angustiado.

Any: Não se aproxima. - dei dois passos pra trás e olhei rapidamente pra trás certificando-me de que não vinha ninguém.

Carlos: Any, me escuta! - se aproximou erguendo as mãos.

Any: Não chega perto, se tentarem alguma coisa eu me corto. - me minha tremia enquanto eu falava, meu medo era que me cercassem e conseguissem me dopar.

Carlos: Eu só quero falar com você, não vou fazer nada.

Any: Eu só quero salvar o Poncho, Carlos... Me deixa fazer alguma coisa de bom com essa droga de vida que eu tinha antes dele aparecer, me ajuda pra mim poder salvar a vida dele. - supliquei.

Carlos: Você quer realmente fazer isso? Vai realmente abrir mão da sua vida pra salvar a dele?

Any: Eu só estou devolvendo o presente... Se eu tivesse morrido naquela noite, não estaríamos passando por isso agora.

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