Capítulo 40

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Anahí

Me sentei no sofá enquanto a porta batia. Poncho sentou ao meu lado logo em seguida e segurou minha mão.

- Ta tudo bem? - perguntou preocupado me encarando.

Assenti encostando a cabeça no ombro dele.

- Poncho o que você faz quando descobre que... O seu pai na verdade é adotivo e esta morto e que seu pai biológico esta vivo em algum lugar desse mundo, mas sem saber que você existe?

Poncho: Sinceramente... Eu o procuraria. - respondeu e o encarei surpresa.

Any: Você acha?

Poncho: Sim porque você e ele foram enganados, mentiram pra você e omitiram coisas importantes pra ele.

Any: Tenho medo dele me rejeitar Poncho... Afinal não é todo dia que uma garota de 19 anos bate na sua porta dizendo que é sua filha.

Poncho: Eu sei meu anjo, mas quer fazer o que? Agir como a Patrícia agiu com você e com ele e jogar a culpa no medo? Quer ser igual à ela? Ou quer enfrentar isso e tentar sair ganhando nessa história? Afinal você não tem culpa de nada e sabe que vou ta sempre aqui do seu lado não sabe? - puxou meu rosto pra olhá-lo.

Any: Obrigada! - assenti sorrindo e o abracei. - Te amo!

Poncho: Também te amo! - respondeu de volta beijando meus cabelos.

- Run, run! - Manuela apareceu na sala e nos afastamos. - Desculpe Any, mas achei que precisavam conversar.

Any: Tudo bem Manu... Você pensou direito... Tinha coisas que eu precisava saber.

Manuela: Ajudou então?

Any: Uhum, agora eu sei que não fui a única enganada. Matheus o meu... Pai biológico, nunca soube que Patrícia ficou grávida de mim, então ele não sabe que eu existo.

Manuela: É sério isso? - sentou ao nosso lado surpresa.

Poncho: É mãe, esse Matheus e a Patrícia, brigaram e terminaram antes dela saber que tava grávida e ela ficou com medo de contar pra ele depois que ficou sabendo. 

Manuela: Entendi... E o que ta pensando em fazer agora querida?

Any: Não sei, mas... Me passou pela cabeça procurá-lo, só não sei por onde começar.

Poncho: Sei que não vai gostar da resposta, mas... Patrícia pode falar tudo o que sabe sobre ele e teremos por onde começar porque você sabe que eu vou te ajudar nisso. - respondeu sério.

Any: Eu sei! - sorri apertando a mão dele. - E eu agradeço por tudo o que estão fazendo. - sorri.
Manuela: Não precisa querida, toda a ajuda que precisar pode contar com a gente. - sorriu.



Alfonso

Na manhã seguinte assim que a aula acabou fui pra biblioteca enquanto Any pegava uns lanches pra gente.

Não foi difícil encontrar o livro que íamos precisar, assim que peguei fui até o balcão de retirada.

- Poncho?!

Me virei e forcei um sorriso ao ver Renata.

- Oi! - cumprimentei por educação.

Mesmo que não fosse culpa dela, ela estava envolvida nas armações que meu pai fizera tentando empurrar um pra cima do outro. Isso a tornava uma pessoa não 100% inocente.

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