Capítulo 48

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Anahí

Quando a porta do quarto fechou após todo mundo sair, minha vontade foi de deitar naquela cama com Poncho e dormir. Quase 04 horas de espera haviam me deixado exausta e quase me dado um negócio. Acho que se eu estivesse sozinha, ou apenas com Manuela eu teria feito uma besteira.

- Então Kuno também esteve aqui? - ele me perguntou sério pegando-me totalmente desprevenida.

Any: Sim ele veio com a Celina?... Como ficou sabendo? - respondi sem jeito.

Poncho: Minha mãe... Esse cara é esperto, se faz de santo, mas não perde uma chance de ficar perto de você. - percebi certa ironia na resposta.

Any: Poncho ele veio trazer a Celina, ela ficou preocupada sem noticias... Do nada Chris e Ucker aparecem e somem comigo e a Angelique!

Poncho: Claro, trouxe ela e aproveitou a oportunidade pra te ver e não adianta ficar chateada comigo, porque você sabe que eu tenho razão! Ou vai continuar fingindo que não sacou que ele gosta de você?

Any: Se ele gosta ou não, o problema é dele! Ou será que ainda não esta claro nessa história de quem eu gosto? Por quem eu sou apaixonada? - respondi o olhando nos olhos, chateada com essa súbita desconfiança dele.

Poncho: Me desculpa! - pediu entrelaçando nossos dedos. - A culpa não é sua.

Any: Que bom que você sabe. - respondi e mesmo chateada me deitei na cama com ele e o abracei encostando a cabeça no seu peito. - Às vezes eu acho que devia terminar com você, você ta sendo muito injusto, eu quase infartei lá fora sem notícias, foram uma das piores horas da minha vida, se você tivesse me visto, se lembraria que ninguém vai tomar o seu lugar e digo lembraria porque você sabe que ninguém pode tomar o seu lugar, mas anda se esquecendo disso. - completei e o encarei ao terminar de falar.

Poncho: Eu te amo! - respondeu com um sorriso, o suficiente pra me desarmar e invalidar tudo que eu tinha dito.

Any: Eu também te amo, teimoso. - respondi rendida e me aproximei pra beijá-lo.

Poncho sorriu ao nos afastarmos e beijou minha testa antes de me abraçar com força me aconchegando em seu peito. Ergui um pouquinho a camisola do hospital e toquei com as pontas dos dedos o curativo grande e branco.

- Dói muito?! - o encarei.

Poncho: Dói mais a ideia de perder você!

Any: E quem disse que algum dia isso vai acontecer? - brinquei sorrindo.

Poncho: Eu espero sinceramente que nunca passe de uma ideia. - sorriu contornando meu rosto com o polegar, eu adorava quando ele fazia isso, ainda mais quando me olhava com tanto amor como agora. - Te amo!

Any: Te amo! - devolvi e o beijei.

Os dias que se seguiram foram cansativos. Apesar da semana de prova ter terminado, existia outro problema: todos os professores estavam dando matéria nova, os próximos assuntos, pras próximas provas. Assuntos que Poncho estava perdendo. Pra ajudar eu andava revisando toda a matéria de madrugada pra na tarde seguinte explicar tudo à ele no hospital. Isso estava acabando comigo, me deixando sem tempo pra nada. Às vezes na pressa eu deixava de almoçar pra chegar logo ao hospital ou jantar pra ficar estudando. Algumas coisas eram complicadas demais e antes eu precisava entender pra depois explicar pra ele.

Marcos: Any! - me cutucou ao final da aula de Sistema Imunológico.

Any: Oi?

Marcos: Passou outra noite sem dormir? - perguntou me encarando, não era difícil perceber o cansaço.

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