Capítulo 53

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Alfonso

Foi difícil convencer minha mãe a me deixar sair, mas frente à minha angustia e adorando Anahí como adorava ela logo cedeu. Não pensei duas vezes ao ouvir um sim dela. Corri pra garagem, peguei minha moto e sai.

Em 10 minutos estavam em frente à república de Anahí. Desci da moto tirando o capacidade e gritando por ela.

- Any! - bati na porta e me afastei esperando que alguém abrisse a porta.

- Alfonso ela não esta ai!

Me virei e larguei o capacete furioso me aproximando de Kuno. Paramos frente à frente no meio da rua.

- Não perca seu tempo, não tem ninguém em casa! - declarou cheio de arrogância.

Poncho: Estou procurando a minha namorada. - respondi sério, me entenderia com Any antes e depois quebraria todos os ossos da cara dele.

Kuno: Não vai achá-la na casa dela, ela não esta lá, esta na minha casa. - rebateu sorrindo.

Poncho: Desgraçado, sai da minha frente! - o empurrei e caminhei na direção da casa dele.

Kuno se colocou no meu caminho antes que eu chegasse na calçada.

- Sai da minha frente ou eu te derrubo. - ameacei furioso.

Kuno: Você não vai entrar pra falar com ela, vai ter uma conversa comigo antes. - rebateu cruzando os braços.

Poncho: Ótimo porque eu também quero falar com você. Anahí me contou do beijo que você deu nela à força. Não tem vergonha de beijar uma garota que esta apaixonada por outro cara? - perguntei de queixo erguido.

Kuno: E você não tem vergonha de trair sua namorada? Uma garota especial como a Any?

Poncho: Eu não trai ninguém e me dá licença que isso é coisa nossa, não é da sua conta.

Kuno: Você não vai levar ela daqui! - respondeu se pondo no meu caminho de novo e aquilo me deixou com mais raiva.

Poncho: Não se mete, a Any é minha namorada, você não vai se meter entre a gente!

Kuno: Ah é? Se você é namorado dela por que não esta cuidando dela? Sabia que ela se culpa pelo que você tem? Sabia que ela andou estudando como uma louca pra poder te explicar tudo depois? Toda vez eu acordava de madrugada ou chegava de uma festa às duas, três da manhã e a luz do quarto de estudos dela estava acesa, porque ela tava lá estudando, depois ela ainda acordava às sete horas pra ir pra aula... Ela vive andando com livros de Cardiologia pra cima e pra baixo. Por que será que ela faz isso se gosta mais de Pediatria?

Poncho: Olha aqui...

Kuno: E ela andou fazendo tudo isso pra quê? Pra você expulsá-la do quarto como fez uma vez? E pra agora ficar brincando de paciente e enfermeira com a tua ex-namorada? É pra sofrer que ela esta com você?

Poncho: Renata não é minha ex-namorada!

Kuno: Mas vocês já ficaram e se beijaram dessa vez, isso que importa. Olha aqui Alfonso, você ta certo em não gostar de mim, porque eu gosto da Any sim, mas não vou continuar abrindo mão dela pra você machucá-la desse jeito. Ela vive angustiada e preocupada com você, há dias não a vejo relaxada, rindo como antigamente e você retribui desse jeito? Chifrando ela?! Você é um canalha!

Poncho: Eu já disse que não chifrei a Anahí e se você não sair da minha frente vai se arrepender.

Kuno: Ah é? Vai fazer o que? - desafiou e não agüentei, desferi um soco na cara dele que caiu no chão. - Filho da mãe! - respondeu se levantando e veio pra cima de mim.

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