Capítulo 29

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Anahí

Acordei e após tomar café fui recolher as cartas na caixinha do correio já dando adeus às minhas férias. Olhei de onde eram cada uma delas e uma do banco me chamou atenção. Abri sabendo que minha tia não se importaria e entrei na casa distraída.

Any: Tia! - chamei abrindo a porta do escritório dela.

Patrícia: Sim, meu amor? - sorriu tirando os olhos dos papéis que lia.

Any: Porque você recebeu uma notificação do banco avisando que a transferência de 50 mil dólares para a conta de Marichello Puente Portillo foi realizada com sucesso? Você entregou todo esse dinheiro pra ela? - perguntei séria.

Patrícia: Sim! - assentiu sem ter como negar.

Any: Por quê?! - perguntei sem entender.

Patrícia: Essa foi uma parte da quantia que Marichello pediu em troca de te deixar vir morar comigo. - respondeu.

Any: Uma parte? - perguntei sem saber se estava surpresa pela quantia de dinheiro ou pela atitude de Marichello.

Patrícia: Isso a outra metade eu vou depositar semana que vem já que você já está morando comigo.

Any: Não! Você não vai depositar nada na conta de ninguém! - esbravejei furiosa. - Quem ela pensa que é?

Patrícia: Esse dinheiro não vai me prejudicar e ela justificou que é uma retratação pelos anos que cuidou de você.

Any: Mas ela é minha mãe droga. - xinguei com raiva.

Patrícia: Tudo bem querida, eu não me importo, está valendo a pena.

Eu estava disposta a continuar com a discussão, mas a campainha tocou e eu revirei os olhos suspirando.

Patrícia: Anda vai atender seu namorado. 

Dei as costas pra ela e sai do escritório. Larguei a carta em cima do sofá e ainda brava abri a porta. Mesmo assim foi impossível não sorrir ao ver meu namorado todo arrumado me encarando com o sorriso mais lindo do mundo.

- Oi! 

Poncho: Bom dia meu amor. - sorriu e me abraçando me beijou.

Envolvi os braços em torno do pescoço dele o deixando bem perto de mim enquanto me deliciava com os lábios dele. Quando nos afastamos o abracei com força e escondi o rosto no vão do pescoço dele suspirando.

- O que aconteceu? - ele perguntou cheio de carinho acariciando meus cabelos.

Eu sempre fazia isso quando tinha alguma coisa acontecendo e ele sempre percebia.

- Nada! - respondi me afastando e dei de ombros.

Poncho: Fala o que ta te chateando meu amor. - respondeu com a carinha mais fofa possível.

Não resisti e respondi o puxando pela mão.

- Entra que eu te conto.

Fechei a porta e Poncho sentou no sofá achando o papel do banco, leu por cima o que tava escrito.

- O que é isso?

Any: O valor da quantia que Marichello pediu pra minha tia pra me deixar morar com ela, mas você não sabe da melhor, isso é só a metade a outra parte minha tia falou que vai depositar essa semana, vê se pode?

Mordi o lábio inferior não querendo chorar na frente dele, menos ainda chorar por causa de Marichello.

- Vem cá! - chamou me abraçando enquanto beijava meus cabelos.

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