Era ele, MEU PAI! Não tô acreditando. A essa hora? (Na hora que eu disse era ele, vocês imaginaram o Matheus né danadas? Triste ilusão) atendo ou não? Aliás ele é meu pai.
~Ligação On~- Alô, pai? -disse antes que alguém do outro lado da linha soltasse qualquer tipo de som sonoro-
- Aonde você está, Sophia? Quero você aqui agora! Ordeno! -respondeu uma voz drástica, Madrasta amada na certa!-
~Ligação Off~Desliguei o telefone, mas e meu pai? Aonde será que ele vai parar com isso tudo? Respirei fundo, me virei pro lado da cama, onde dava visão pra parede. Logo o assunto de meu pai ficou para trás e veio o que mais mexe comigo, Porque sempre assim? Eu gosto de uma pessoa e automaticamente outro ser humano entra no meio e estraga todo meu esquema extremamente planejado! Me virei novamente e agora minha visão estava focada no gesso que estava no teto, dava pra ouvir os roncos da Emily, o sono dela tava "top" (fiz um suicídio social agora? Me desculpem) e do nada me encontrei chorando, não pode ser produção, pra que sofrer? Me diz! Eram 5:56 da madrugada, e eu ainda não tinha nem pegado no sono, resolvi me levantar e tomar um banho.
- Oh Baby! Acordou cedo? Bem legal, mas tem mais moradoras aqui nessa humilde residência. -exclamou Emily batendo na porta do banheiro-
Eu havia dormido? Sim! O sono estava me consumindo. Desliguei o chuveiro e gritei novamente:
- Sossega aí garota. -enrolei-me na toalha malhada em pano branco de algodão e sai do banheiro- São que horas pra você estar toda alvoroçada assim?
- Tenho que comprar as coisas da festa junto com o Igor
- Não me diga que aquele moleque todo trabalhado na favela é o Igor... por favor. O Óculos dele se parece com aqueles que os insetos usam.- Não, tá maluca? -completou a minha pergunta, e caiu na gargalhada- Esse é o Nicolas, ele gosta de um estilo musical diferente, meio brasileiro. Até porque ele é brasileiro.
- Não, não achei top. E aliás o que vocês vão comprar pra essa festa? Não vai ter bebidas alcoólicas não né? Acertei né dona Emily? - a interroguei-
- Festas sem bebidas, não são festas meu amor. Estou entrando aqui no banheiro beijos. -cortou meu sermão pela raiz e fechou a porta-
Suspirei, aliás não entendo pra que beber? Eu não bebo, e sim sou extremamente feliz! Fui até o quarto, vesti uma calça jeans branca e uma blusa preta do Mickey, coloquei meu all star preto (acho que está na hora de ele conhecer a água com o sabão, mas por enquanto não...). Hoje era meu dia de folga, mas tinha que trabalhar à tarde, não me supero! (Então não é folga? Sinceramente uma Mini-folga) Desci as escadas e titia Verónica estava com uma lista parecida com a de compras, andando de um lado para o outro.
- Verônica? Você está bem? Quer ajuda? -disse ficando em sua frente-
- Não. Bom, na verdade Sim! Preciso limpar a casa, e não tem ninguém pra fazer às compras. Você poderia fazê-las, por favor? Só desta vez, prometo.
- Mas é claro, me de a lista. -alcancei a lista de sua mão e peguei minha bolsa de lado- pode deixar que eu pago, aliás você faz muito por nós!
- Muito obrigada por tudo. Depois te devolvo esse dinheiro sem falta.
Sorri e peguei as chaves do meu carro. Ah não contei? Eu "comprei" um "carro" de um amigo de Verónica, era um fusquinha branco, mas eu cuidava muito bem dele e ele de mim, eu sou rústica e sempre amei coisas antigas, barulho comigo não é problema. Ele era bem limpinho e organizado. Coloquei minha bolsa no banco de trás e dei partida. Liguei meu rádio e estava tocando "All I Want - Kodaline", para uma pessoa que tem cultura meia arte basta, a culpa é das estrelas fez parte da minha vida, todos os dias eu assistia e chorava, não tem base. Entrei com meu carro no estacionamento e o deixei em um lugar vago, peguei minha bolsa e entrei no supermercado. Corredores enormes cheios de pessoas, logo comecei a riscar a lista e encher o carrinho de coisas variáveis. Pessoas que eu não queria ver? Demais, sempre no mercado tem aquela pessoa que insiste em puxar um assunto obsceno que você não está nem 1% interessada em ouvir, mas é obrigada e então só fica no "ah ta", "ah pode deixar". Terminei a lista e conferi, estava tudo correto. Paguei e voltei pra casa, deixei as compras encima da mesa e fui para meu serviço. Não troquei de roupa, somente subi as escadas e fui falar com dona Sandra. Bati na porta, ninguém ao menos respondeu, então resolvi abri-la. Me debati com uma imagem não muito agradável, Stella e Matheus se beijando, sério isso? Eles não tomam cuidado, fechei a porta o mais rápido fazendo aquele "BLEEF" Inevitável, Sophia do céu se você chorar aqui, eu te espanco, repetia comigo mesma. Não demorou muito e alguém puxou meu braço.
- Sophia, você viu alguma coisa? Você entrou tão rápido que nem deu tempo de fazer exatamente nada.
Ah vi nada não, Matheus. Sou míope sabe? Míope de retina e de sentimentos.
- Eu já disse pra não se importar, eu tenho que tomar mais cuidado aliás eu entrei do nada; vocês namoram e eu fico sempre no meio, pede desculpas pra Stella por favor...
- Namoramos? Estou namorando e não estou sabendo. Não, não namoramos mas ela é especial pra mim sim. Pode deixar que falarei tudo pra ela.
- Ah sim... muito obrigada.
Obrigada nada, queria mesmo era dar na cara desse cretino, desci as escadas sem esperar a resposta de Matheus. Avisei para a outra empregada que eu venho dormir sim, logo depois que a aula acabasse eu estaria aqui. Sai do casarão e entrei em meu carro super moderno e fui até minha casa, precisava trocar de roupa para a aula.
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PESSOAL!Quando eu colocar frases entre parênteses () significa que seja uma opinião minha ou pode até ser da personagem !! Isso vai acontecer muito raramente. Foi algo que eu achei muito interessante e engraçado! Se acharem ruim, me desculpem. Só isso por hoje. Beijos.
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Reciprocidade É Loteria.
Teen FictionSophia D'lava é uma jovem de 18 anos que vive na Europa, sua mãe é uma alcoólatra e seu pai um viciado em jogos de loteria, sua vida estava cada vez pior. Ela morava com o pai e com a madrasta em uma casa não muito agradável. Até que um dia ela reso...