Reciprocidade É Loteria.

Capítulo 9

Sophia On:

Eram 00:39, eu estava sentada na cadeira separando os feijões Bons dos ruins, que estavam encima da Mesa. Logo ouço uma voz nada estranha me chamar, Senhorita Sandra.

- Sophia! Sophia! Corra aqui. -exclamava dona Sandra-

- O que posso ajudar dona Sandra? -respondi gritando para que ela pudesse me ouvir, corri até aonde ela estava-

- Nada demais, só queria pedir um imenso favor. -continuou dona Sandra- vá buscar meu filho, Matt, naquela tal festa. Estou com meus nervos à flor da pele. Não quero que nada aconteça com ele.

- Ah... -gaguejei mas logo consegui contornar- pode ser, pode ser. Quer que eu vá com meu carro?

- Não, não. O nosso motorista, Pedro. Leva você. Ele está no carro, te esperando.

- Está bem. -apenas afirmei e sai pela porta principal-

Era só o que faltava, ajudar Matheus em boate. Pedro saiu com o carro assim que entrei. A festa parecia não ser tão longe. Deu 15 minutos e Pedro parou enfrente a uma casa cheia de jovens que certamente estavam loucos de drogas e bebidas. Pedi para que o motorista me esperasse e sai do carro, entrei na tal festa a procura de Matheus, não demorou muito e logo o encontrei.

- Não quero atrapalhar sua noite, então por favor não venha estragar a minha. Sua mãe pediu para que fosse embora.

- O que mano? Ah não vou. Não vou mesmo. Agora que a festa tá começando.

- Tá começando? E pra você tá acabando. Vamos embora agora. -ordeno para Matheus-

- Aé? E o que que tu vai fazer nessa festa enorme? Gritar comigo? Acho que muitos não vão ouvir. Gata, não vai rolar.

- Ah não vai "rolar"? -Disse irônica e fiz as aspas com os dedos-

- Quer que eu desenhe?

- Você tem 10 segundos ou... -Tentei explicar porém ele me parou-

- Ou o que baixinha? -Interrompeu-me e chegou mais perto ficando face-a-face comigo-

Garoto abusado, se eu Bater nele, que falta pouco, eu perco meu precioso emprego.

- Sabe aquela merda aonde sai aquela Porra daquele som? -Cuspi as palavras na cara dele, ele já tinha tirado o resto da paciência que me restava-

- Você fala demais, sabia?

- E idai? Vai fazer o que? Vai me prender? Vai me demitir? Demite merda! Eu não te aguento mais. Eu vim aqui de boa só levar o príncipe embora. E ele ainda...

Por incrível que pareça ele conseguiu me calar, sabe com o que? Com um beijo. Ele não sabe, mais o beijo dele liberta meu lado mais feliz. Eu não conseguia reagir, as mãos deles estavam em meu rosto como se tivesse me impedindo de sair, meus olhos mantiveram-se abertos.

- Me solta, seu infeliz. -disse ainda entre seus lábios, eu não podia demonstrar que estava amando aquele momento-

- Calo a boca agora? -ironizou, me soltando-

- Ainda não.

O puxei pela gola da camisa e o beijei, ele cedeu isso era óbvio, ele era aquele tipo de garoto que qualquer rabo de saia que estivesse ele tava atacando. Passei minhas mãos para ao redor de sua clavícula, enquanto as mãos dele passavam por meu corpo todo. Lógico que eu não dei tanto gosto assim, parei rapidamente o beijo e o encarei.