Capítulo 2

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Carol

Acordei e as meninas não estavam mais na cama, olhei a hora no celular e eram quase uma hora da tarde, droga minha mãe me mataria.

Coloquei o mesmo vestido fedido a cerveja, chamei um táxi e desci. As meninas conversavam animadamente sentadas no balcão da cozinha.

– Porque vocês não me acordaram? – Perguntei ao me sentar junto a elas. – Bom dia Teresa! – Sorri para a empregada de Elisa, que retribuiu com um sorriso doce.

– A gente te acordou, você resmungou e voltou a dormir. – Elisa disse sorrindo.

– Que mentira!

– Foi verdade, você sabe que eu não minto. – Bruna disse e Elisa a olhou incrédula.

– E eu minto?

– Não é sincera o tempo todo. – Bruna deu de ombros e nós sorrimos.

– Querida aqui o seu almoço. – Teresa me entregou um prato de comida, agradeci e comecei a comer.

– Que tal passarmos o dia na piscina hoje? – Elisa propôs.

– Acho ótimo. – Bruna disse.

– Também acho ótimo mas não vou poder ficar, hoje à igreja vai fazer um evento para arrecadar fundos para o orfanato, minha mãe me obrigou a ir. – Revirei os olhos.

– Quer que a gente vá te ajudar?

– Não precisa, eu não vou está sozinha lá, minha mãe vai e as mulheres da igreja também com seus filhos. – Falei terminando de comer. – Tenho que ir meninas, o táxi deve está me esperando, tchau! – Me despedi e sair. O táxi realmente estava lá fora me esperando e me fez pagar uma quantia a mais do que a corrida por eu ter o deixado esperando.

– Que roupa é esssa Carolina? – Minha mãe falou quando eu estava quase entrando em meu quarto.

– Um vestido mãe! – Revirei meus olhos pela milésima vez naquele dia.

– Você está quase nua! Se seu pai ver isto... – Ela rosnou como um cão bravo. – Você está cheirando a álcool? Carolina você bebeu?

– Não mãe, juro que não, eu fui jantar com as meninas e o garçom acabou tropeçando e derramando uma taça de champanhe em mim. Quase pedi um jantar de graça por isso, mas não sou de fazer barracos. – Inventei.

– Muito bem, isso é coisa pra gente baixa. – Assenti – Se arrume que hoje é o evento na igreja para arrecadar fundos, caso você tenha esquecido. Quero que vá com o vestido que compramos semana passada.

– Mãe, eu não posso ir simplesmente com uma calça jeans? – Implorei.

– Não, a filha da irmã Helena e todas as outras vão está lá Carolina, acha que elas vão de calça jeans?

– Eu estou pouco me fodendo se elas irão de princesa, eu quero ir de calça jeans mãe! – Esbravejei.

– Olha essa boca Carolina! – Ela gritou com os olhos arregalados, a santa! – Além do mais o filho do pastor também vai está lá.

– O pastor tem filho? – Franzi o cenho.

– Sim. E quero que se dê bem com ele, nem seja louca de usar essa boca suja perto dele nem perto de ninguém da igreja. – Ela advertiu.

– Hum. – Falei e entrei no meu quarto indo diretamente para o banheiro, passei longos minutos refletindo em baixo da corrente de água quente que caía em meu corpo.

Peguei o vestido florido de dentro do closet e choraminguei por ter que usar aquilo, eu odiava usar vestidos midi como aquele, me sentia uma velha.

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