ONE MORE THING

Capítulo 13

Carol

Esfreguei os olhos na tentativa de acordar, quando fui me espreguiçar meu braço bateu em alguém.

Abrir os olhos assustada e dei de cara com Pedro acordando.

Me levantei em um pulo, fazendo com que o barulho despertasse ele de uma vez.

-O que você está fazendo aqui? -Perguntei.

-Ás pessoas estavam preocupadas com você, e eu sabia onde te encontrar. -Ele riu. Como ele podia está bem em uma situação daquela?

-Isso não te dar o direito de dormir comigo mais uma vez Pedro! -Eu disse irritada. -Vai embora!

-Carol...

-Desculpa, o lugar é seu, eu é quem vou. -Eu disse indo em direção a saída, mas Pedro correu e me puxou pelo pulso. -Aaai! -Gemi baixinho com a dor.

-Oque? -Ele puxou a manga do meu casaco e olhou fixamente para os cortes. Olhou para mim, e olhou para o meu braço novamente.

Comecei a ficar nervosa e puxei meu braço escondendo com a manga novamente.
Pedro me olhava sem esboçar reação alguma, seu olhar era tão penetrante que eu não consegui o olhar e abaixei a cabeça como uma criança que acaba de levar advertência. Ele abriu a boca duas vezes na tentativa de falar alguma coisa, mas não disse nada.

-Carolina o que você fez no seu braço. -Não era uma pergunta. Ele me olhava tristemente. -Carol... -Ele disse e me puxou para o seu peito me abraçando fortemente.

Não tive forças para sair daquele abraço, aquele abraço era a minha paz.

Minhas lágrimas molharam a camisa dele, e então ele me sentou no sofá e se ajoelhou na minha frente.
Pegou meu braço e segurou com cuidado.

-Eu só quero entender... -Ele sussurrou me olhando nos olhos.

Uma lágrima quente escorreu pelo meu rosto e ele enxugou.

-Você nunca irá entender. -Sorri fraco.

-Me fala Carol, porque? Porque fez isso com você? -Ele perguntou mas eu não respondi. -Por favor me fala seus medos, me fala os motivos... É minha culpa?

-Não, é minha culpa. -Eu disse e me levantei indo até a porta.

-Fica, por favor. -Ele disse ainda de costas.

-Eu não posso ficar perto de você. -Eu disse com a mão na maçaneta. Ele se levantou e veio até mim.

-Porque não? -Ele era ridículo!

-Me dê motivos Pedro, me dê motivos para que eu fique. -Pedi um tanto esperançosa.

-Carol eu estou te pedindo para ficar... -Aquilo não foi bem um motivo.

-Tchau. -Eu disse e me virei.

-Então olha nos meus olhos e diz que vai embora, diz que você não quer mais me ver, e diz também que você vai me esquecer.

-Eu já te esqueci. -Eu disse ainda de costas para ele.

-Ah é? E porque você veio para o nosso lugar?! -Me virei e joguei as chaves para ele.

-Aqui está as suas chaves. -O olhei nos olhos e me esforcei para dizer as seguintes palavras: -Eu vou embora Pedro, eu desisti de você. -Eu disse e sair antes que mais alguma coisa acontecesse.

Pedro

Ela só podia está de brincadeira, ela não podia ter me esquecido tão rápido daquele jeito.

Logo quando eu não parava de pensar nela, logo quando eu queria tentar algo com ela.

Aqueles cortes dela doeram bem no fundo da minha alma. Eu senti que ela precisava de ajuda, da minha ajuda.
Mas ela era orgulhosa demais para aceitar.

Ela devolveu as chaves do nosso lugar... Aquilo significava que ela não voltaria mais.

Mas eu tinha que arrumar um jeito de ajudar aquela garota, mesmo com toda a sua teimosia, seu orgulho e etc, eu precisava a ajudar.

Joguei as chaves na mesa e me deitei no sofá frustrado.

Nem Carol, nem Kate, eu estava sozinho e sem conseguir pensar em uma maneira de ajudar Carol.

-Onde você estava? -Maicon perguntou.

-Com a Carol. -Eu disse sério fitando o teto.

-A mãe dela ligou, disse que ela já chegou em casa e agradeceu à Elisa, ela acha que a Carol passou a noite com ela.

-Hum.

-O que aconteceu? -Ele se sentou.

-Eu sou um idiota. Um maldito idiota que não consigo encontrar uma solução para as drogas dos meus problemas.

-É com a Carol? Ou com a Kate?

-Com as duas Maicon. -Me sentei e o olhei. -Carol disse que desistiu de mim e me esqueceu, e isso mexeu comigo mais do que quando ela disse que estava apaixonada por mim. E também tem a Kate, eu chamei pela Carol enquanto a kate estava em cima de mim, você tem noção? Eu acabei de terminar meu namoro de duas semanas com a garota que passei anos querendo pegar, e estou bolado com a Carol e tudo que eu vi e ouvi dela.

-Eu não queria está na sua pele. -Ele disse me fazendo bufar e me jogar novamente no sofá. -Eu estou brincando. Sabe o que eu acho? Que você nunca amou a Kate, acho que você toda vida sentiu apenas atração por ela, porque ela é bonita que não é brincadeira! Mas pela Carol não Pedro, não posso dizer que você a ama, pois disso só você sabe, mas posso dizer que ela te faz bem, você é diferente com ela. Me responde uma coisa, você já passou a noite com a Kate? Digo, depois do sexo, você já acordou ao lado dela?

-Não.

-E ao lado da Carol, quantas vezes você já acordou depois de uma noite quente?

-Eu nunca fiz nada com a Carol, mas eu perdi as contas de quantas vezes acordei ao lado dela. -Sorri lembrando de seu mau humor matinal.

-Você está zoando?! -Maicon perguntou surpreso, e então eu lembrei que eu nunca havia dito aquilo a ninguém.

-Não estou zoando, eu e ela nunca fizemos nada.

-Por que?!

-Porque eu a respeito, nunca faria nada sem que ela pedisse.

-Puta que pariu! Você só pode estar caidinho por ela. Em outra época se uma garota não te desse você cairia fora sem pensar. -Ele disse e eu me levantei novamente.

-Você acha que eu estou apaixonado?

-Sim, eu acho. E por favor não deixa ela ir assim, sem você tentar.

-Então me ajuda cara, porque eu não sei como conquistar uma garota como aquela. -Quase implorei.

-Eu vou te ajudar, mas esteja pronto para tudo, você mais do que eu sabe, Carol é linha dura. -Maicon não sabia o quanto a minha bonequinha era frágil por detrás daquela fantasia de durona.

Alí eu não tinha certeza ainda do que eu sentia por ela, mas eu sei que foi amor desde quando eu a vi bisbilhotar os meus livros e discutir comigo sobre o amor de Louise e Will.

E aliás o nosso era quase daquele jeito, só que sem a cadeira de rodas.
Eu era egoísta demais, e ela era boa demais.

Eu estava decidido, eu a conquistaria, ou eu a reconquistaria. Eu a ajudaria e aprenderia a ama-la.

E isso realmente aconteceria no dia seguinte, se não fosse as peças que a vida inventa de nos pregar.

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Capítulo curtinho amores, mas espero que tenham gostado.
Só queria dar um aviso: Preparem os lencinhos.
Até o próximo capítulo, beijos!

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