Pedro
Carol tinha razão, eu era muito egoísta mesmo. Eu reconhecia o meu erro.
Quando ela confessou que poderia está apaixonada por mim, eu quis que ela desistisse daquela ideia maluca, ela sempre foi incrível demais para um cara como eu.
Eu gostava da Kate, eu tinha escolhido lutar pela Kate, mas também queria continuar com sei lá o que, que eu e a Carol tínhamos. Mas quando ela disse todas aquelas coisas na minha frente, eu vi nos olhos dela que ela estava sofrendo, e eu quis acabar com aquilo de uma vez por todas, antes que eu fizesse mais estragos em um ser tão frágil como ela.
A verdade é que garotos como eu, não namoram garotas como a Carol.
Carol foi embora da casa da Elisa, então eu também fui, não havia razões para eu continuar ali.
Fui para o meu apartamento e liguei para Kate, ela veio rápido.
–Achei que sairia com seus amigos hoje. –Ela disse jogando a bolsa em um canto da sala e vindo me dar um beijo.
–Prefiro ficar com você. –Eu disse e me joguei no sofá exausto. Ela veio para perto de mim.
–Ah é?! –Ela mordeu os lábios maliciosamente e eu sorri.
–Por favor Kate... Te chamei pra ficarmos assistindo TV, não para o que você está pensando.
–Ouch. –Ela fez becinho. Eu odiava que fizessem becinho. Fazer becinho era infantil pra caramba, Carol nunca tinha feito becinho para mim, se bem que ela ficaria linda se fizesse. –Você está me ouvindo?! –Kate estalou os dedos na minha frente e então eu voltei minha atenção a ela. –Que filme você quer assistir?
–Eu estava pensando. Mas você pode escolher. –Eu disse e ela pegou o computador que estava no meu quarto.
Quando Kate voltou, se deitou ao meu lado e colocou uma comédia romântica. Fiz careta quanto a escolha. Carol jamais escolheria um filme assim.
Se fosse romance, ela com certeza escolheria Como eu Era Antes de Você, ou um dos clássicos Orgulho e Preconceito, Querido John, Um Amor para Recordar... E ela com certeza iria sorrir nas partes triste. Mas isso aconteceria só se não tivesse um filme de terror,, caso contrário, ela escolheria o pior filme de terror e me chamaria de maricas quando eu protestasse.
Mas porque diabos eu pensava na Carol quando tinha a Kate ao meu lado?
Eu simplesmente não conseguia pensar direito, porque tudo o que eu pensasse ou fizesse, me lembraria a Carolina.
–Kate, não quero mais assistir. –Me sentei.
–Pedro para com a palhaçada! O que está acontecendo? Eu acabei de colocar o filme. –Ela fechou o notebook furiosa.
–Vamos para alguma festa? Uma boate daquelas ótima mesmo, a mais cara da região. –Sugeri e ela bufou.
–Então eu vou para casa me arrumar. –Ela levantou e pegou a bolsa. –Se você desistir, eu te mato. –Ela disse e saiu.
A verdade era que eu precisava beber para ver se a Carol saia um pouco da minha cabeça.
Mas ninguém tinha me avisado que não se tentava esquecer uma garota com a sua namorada do lado.
Naquele momento eu me perguntava: O que a Carol estaria fazendo? Assistindo? Lendo algum livro? Daria tudo para saber.
A verdade também era que eu sentia falta dela, mais do que eu imaginei que sentiria.
Algumas horas depois Kate me mandou mensagem dizendo que estava pronta.
Então eu tomei um banho, coloquei uma roupa e a esperei na frente do prédio dela.
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ONE MORE THING
Novela JuvenilA vida de Carol sempre foi uma farsa, ela sempre sorria quando por dentro queria chorar, e sempre se calava quando na verdade queria gritar. Carol não conseguia se abrir nem para suas próprias amigas mais, ela se sentia só mesmo estando rodeada de g...