Carol
Era sábado, eu e as meninas estávamos na casa da Elisa colocando os assuntos em dia.
Já fazia duas semanas do primeiro beijo que Pedro me deu, e da primeira vez que dormimos juntos. Posso afirmar que dormir sozinha estava se tornando uma coisa ruim, devido as tantas vezes que eu dormia com ele.
–Então vocês fazem sexo sem compromisso?–Bruna perguntou.
–Não! –Neguei rápido. – A gente só se beija.
–Mas isso é uma espécie de namoro?
–A gente não namora. Não nos amamos, a gente só gosta da companhia um do outro. –Tentei enfiar na cabeça das minhas amigas que eu não namorava o Pedro.
–Então, vocês tem um relacionamento aberto?
–Não Bruna! – Bufei. –Deixa de burrice.
–Mas a Bruna disse certo, Carol. – Elisa de pronunciou. –Vocês tem um tipo de relação sim, a Bruna não beija o irmão dela na boca, né? Já eu beijo o meu namorado na boca. Você não beija uma pessoa na boca a toda hora e simplesmente não tem nada com ela. – Elisa disse, e tenho que admitir que ela tinha razão. –Vou te perguntar pela milésima vez, OK? Você gosta do Pedro?
–Pela milésima vez eu vou te dizer que não.
–E por que você está com ele, Carolina? – Bruna Esbravejou.
–Porque eu gosto de está com ele, gosto da boca dele é gosto de dormir com ele. Eu me sinto bem quando estou com ele. – Falei baixo.
–Então você gosta dele. Você só não percebeu Carol, cuidado para não perceber tarde demais.
–Não Elisa, que saco! Se vocês não pararem de falar de mim agora, eu vou dormir em casa.
–Você não vai sair daqui às três e trinta da madrugada. –Elisa disse.
–Quer apostar?
–Não.
–Foi o que eu pensei.
Conversamos mais alguns minutos e depois dormimos, mas no meio do meu sono eu acordei com o celular vibrando em baixo do travesseiro.
Olhei o visor com dificuldade, mas vi que era o Pedro, atendi rapidamente.
—Pedro? Aconteceu alguma coisa?
—Me desculpa te acordar no meio da noite. Você foi a única pessoa que eu podia ligar.
—Me diz, o que aconteceu Pedro?
Me levantei e fui para a varanda do quarto de Elisa.
—Eu tive aquele sonho de novo Carol... Mas dessa vez foi diferente, tudo parecia muito real. Era como se...
Ele parou de falar e tudo o que ouvi foi um longo silêncio seguido por uma fungada.
—Pedro, você está chorando?
Silêncio.
—Pedro?
—Carol me desculpa. Você pode me encontrar?
—Pedro são três e meia da madrugada, eu estou na casa da Elisa.
—Por favor... Eu passo aí pra te pegar.
Suspirei.
—Tudo bem, estou te esperando.
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ONE MORE THING
Novela JuvenilA vida de Carol sempre foi uma farsa, ela sempre sorria quando por dentro queria chorar, e sempre se calava quando na verdade queria gritar. Carol não conseguia se abrir nem para suas próprias amigas mais, ela se sentia só mesmo estando rodeada de g...