No dia seguinte nós voltamos para o Rio de Janeiro umas quatro horas da tarde, eu gostaria de ter ido para a casa das meninas contar tudo, mas eu estava tão cansada e ainda atinha aula na manhã seguinte.
***
– E então, como foi a sua viagem? – Elisa perguntou animada na hora que estávamos no refeitório, Bruna tinha faltado.
– Foi bom, era uma casa de campo, os avós do Pedro são incríveis. – Eu disse.
– Você se divertiu? – Ela perguntou sorrindo gentilmente, eu me sentia um bebê perto das minhas amigas.
– Muito! – Falei empolgada e ela estreitou os olhos para mim. – O que é?!
– Carol não é por nada, mas você está gostando do Pedro?
– Oque?! – Me engasguei. – É claro que não Elisa. – Sorri daquela ideia ridícula.
– Sei... – Ela disse desconfiada. – Se você estivesse contaria para gente?
– Óbvio que eu contaria, para quem mais eu iria contar a não ser vocês?
– Não sei, você simplesmente não conta suas coisas pra gente com frequência. – Ela disse parecendo estar magoada.
– Não é porque eu não confio Elisa, pelo contrário. Mas é que nada acontece na minha vida de interessante. – Boa parte era verdade.
– Tudo bem, mas se estiver acontecendo alguma coisa, não tenha medo de falar. – Ela disse e eu Sorri agradecida.
A manhã se arrastou lentamente, e quando finalmente acabou todas as aulas o motorista já me esperava na porta da escola.
Cheguei em casa e meu pai estava lá, achei estranho mas fiquei feliz.
– Pai?! – Falei jogando a mochila no sofá.
– Oi, minha bonequinha. – Ele deu um beijo na minha bochecha.
– O que está fazendo aqui?
– Eu tive que vir em casa buscar uns documentos aproveitei para te esperar e almoçarmos juntos. – Ele disse e eu estreitei os olhos, desconfiei mas fiquei feliz.
– Tudo bem, então vamos comer. – Sorri e fomos para a mesa.
Foi incrível ter um momento com meu pai depois de tanto tempo, a gente conversou e foi uma delícia, só nós dois sem minha mãe, ou seja sem cobranças e sem brigas.
Depois meu pai teve que ir embora novamente e então, subir e tomei banho, estudei um pouco e depois fui dormir.
Acordei no final da tarde com o celular tocando, era o Pedro.
—Você me ama né?
—Haha engraçadinha! Tou ligando para te convidar pra uma social aqui em casa agora de noite, vai colar?
—Vou ver, qualquer coisa eu apareço.
—Ok! Vem mesmo, tchau.
Ele disse e desligou.
Mandei mensagens para minhas amigas perguntado se elas iriam, e todas disseram que sim, então eu obviamente eu também iria.
– Para onde está indo? – Minha mãe disse quando eu estava saindo de casa.
– Estou indo na casa da Elisa.
– Já está dando essa história Carolina, está bom de parar em casa.
– Eu sei, é que ela ligou pedindo para eu ir lá, pois ela está chateada com algo.
– Hum, não volte muito tarde. – Ela disse e eu concordei saindo. O táxi já estava me esperando na esquina, óbvio que se eu fosse com o motorista que mamãe paga, ele diria que eu não estava indo para a casa da Elisa.
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ONE MORE THING
Novela JuvenilA vida de Carol sempre foi uma farsa, ela sempre sorria quando por dentro queria chorar, e sempre se calava quando na verdade queria gritar. Carol não conseguia se abrir nem para suas próprias amigas mais, ela se sentia só mesmo estando rodeada de g...