Carol
Era dia de acompanhar a dona Laura no tratamento. Confesso, eu estava nervosa. Eu sabia muito bem o que eu iria ver naquele hospital e aquilo não me deixava nem um pouco animada.
–Quando eu vou conhecer o seu pai? –Pedro disse enquanto eu me arrumava em meu quarto.
Eu achava incrível o quanto que ele estava se esforçando para fazer nosso relacionamento dá certo, ele estava se esforçando mais do que eu na verdade, não que eu estivesse fazendo pouco caso de nós, Deus me livre, mas eu via que ele estava se esforçando muito para evitar brigas e essas coisas, e eu estava tranqüila pois eu estava confiante sobre nós dois.
–O dia que você quiser. –O olhei e sorri.
–Podemos marcar um jantar. –Ele sugeriu.
–Por mim está ótimo. –Eu disse, passando por fim o perfume.
–Adoro esse seu cheiro. –Ele veio ao meu encontro e beijou meu pescoço fazendo todos os meus pelos se arrepiarem.
Foi fazendo uma trilha de beijos até finalmente chegar a minha boca e roçar os lábios lentamente nos meus.
Sua mão direta foi para minha nuca e a outra puxou meu corpo para mais junto do seu. Minhas mãos seguraram sua camisa firmemente até sermos interrompidos pelo celular dele tocando.Enquanto ele atendia, retoquei o batom.
–Era a minha mãe, ela queria saber onde estávamos. –Ele disse com a boca manchada do meu batom.
Sorri e fui até ele limpando com o meu polegar.
–Estava sujo de batom. –Sorri e então ele riu fraco e revirou os olhos.
Ele pegou minha mão e saímos juntos da minha casa diretamente para a casa de sua mãe.
Quando estávamos no carro, liguei o rádio e estava na minha rádio favorita.
–Você anda escutando essa rádio? –Franzi o cenho para ele, pois de acordo com meus conhecimentos, Pedro gostava das poluições sonoras.
–Desde quando você conectou nessa estação, eu nunca mais tive coragem e nem vontade de mudar. –Ele disse e um emoji apaixonado surgiu em meu rosto.
–Você não tem direito de falar essas coisas para mim. –Sorri olhando pela janela do carro.
–Você também não tem o direito de fazer várias coisas comigo, mas você faz. –Ele colocou uma mão na minha perna. –Vou citar uma das coisas, Ok?
–Ok! –Sorri. Eu literalmente, só sabia sorrir ao lado dele.
–Você não tem o direito de não morar comigo, também não tem o direito de ser tão gostosa desse jeito. –Ele disse e eu só consegui assimilar: você não tem o direito de não morar comigo. –Você também não tem direito de ser tão linda desse jeito.
–Para! –Eu disse com o rosto vermelho.
–Também não tem direito de ser tão tímida, meiga e grossa ao mesmo tempo.
–Tá bom, já chega! – Eu disse e então ele parou sorrindo.
Quando estávamos quase chegando, Pedro diminuiu a velocidade do carro.
–Carol, por favor você se importa se eu não ficar lá? –Ele estava sério.
–Pedro, sua mãe vai ficar chateada...
–Por favor meu amor, não me faz ficar lá olhando minha mãe... –Ele suspirou.
–Eu sei que é difícil Pedro, por mim você não iria, mas e se sua mãe quiser você lá?

VOCÊ ESTÁ LENDO
ONE MORE THING
Teen FictionA vida de Carol sempre foi uma farsa, ela sempre sorria quando por dentro queria chorar, e sempre se calava quando na verdade queria gritar. Carol não conseguia se abrir nem para suas próprias amigas mais, ela se sentia só mesmo estando rodeada de g...