Eu sei que vocês querem me matar e eu dou carta branca pra fazerem isso!! Não tenho desculpas para dar a vocês depois de tanto tempo sem postar, eu simplesmente estava com bloqueio criativo e com preguiça. Eu sei sou um monstro!!! Mas perdoem minha irresponsabilidade e não desistam de mim, por favor.
Aproveitem o capítulo, adoro vocês!Carol
Alguns meses se passaram desde que Pedro me chutou da vida dele. Nem o resto das minhas coisas que estava no apartamento dele eu tive coragem de voltar para pegar.
Eu sentia muito a falta dele, sentia mesmo, eu o amava e nenhum outro homem seria capaz de preencher o vazio que Pedro tinha deixado no meu coração. Podia passar o tempo que fosse, eu não esqueceria daquele garoto estupidamente lindo e que tinha destruído meu coração.
Em outra época, a minha vida teria acabado. Eu não saberia viver sem o Pedro. Ele me deixou sem motivo, porque eu e ele tínhamos combinado de que dariamos um tempo, eu não o deixei esperando como um palhaço, eu estava tendo o meu tempo e deixando ele ter o dele. Mas no último minuto desse tempo Pedro resolveu desistir. Desistiu de nós dois.
A antiga Carol teria se humilhado diante dele para ter uma chance e caso ele não desse ela viveria amargurada para o resto da vida. Mas a Carol que eu me tornei sentiu o vazio deixado por ele, mas nunca deixou que isso a impedisse de viver sua própria vida.
Durante os meses que se passaram eu não vi mais as pessoas que eu costumava ver todos os dias, minha rotina tinha mudado completamente. Eu estava trabalhando em uma clínica de reabilitação como estagiária durante o dia e durante a noite eu continuava fazendo faculdade. Era puxado, mas só assim o tempo para pensar nas decepções da vida era curto.
Enquanto eu andava pelo estacionamento da clínica procurando meu carro, meu celular começou a tocar, só atendi quando entrei no carro.
-Alô, quem é?
-É o Gabriel, Carol. Você pode me encontrar agora?
-Oi Gabriel, agora eu não posso estou um pouco atrasada para a faculdade.
-Que horas você sai da faculdade?
-Depende muito. As vezes eu saio de nove e meia, e as vezes de dez. Aconteceu alguma coisa?
-Aconteceu, por isso quero falar com você, eu vou te esperar na frente da faculdade pra conversar, ok?
-Tudo bem, mas eu estou de carro.
-Tá, até mais tarde então.
-Até.
Desliguei o celular e coloquei no banco ao lado. Fui para a faculdade, mas apenas o meu corpo estava lá, pois meu pensamento estava muito longe. Não conseguia parar de pensar no que o Gabriel queria comigo, pelo tom de voz que ele tinha usado, parecia muito sério.
Quando a última aula tocou, eu sair correndo de dentro da sala e quando cheguei na frente da universidade avistei Gabriel de longe.
-Gabriel, o que aconteceu? -Perguntei ofegante por ter corrido até ele.
-Tem algum bar aberto por aqui para que a gente possa conversar? -Ele perguntou.
-Tem um café aqui do lado que nunca fecha, é mais calmo que um bar.
-Então vamos pra lá então. -Ele disse e nós fomos caminhando em silêncio até o outro lado da rua. Quando chegamos ele pediu café pra mim e ficou em silêncio aguardando.
-E então, o que você quer?
-Falar do Pedro.
-Ele está bem? -Perguntei aflita.
-Não! Carolina, Pedro está irreconhecível. Ele não passa mais um dia sem beber, e se fosse só de noite eu ficaria calado, mas é a qualquer hora do dia. Por sua causa!
-Me desculpe, Gabriel, mas a culpa do Pedro ter virado um alcoólatra não é minha. -Eu disse.
-É desde quando você traiu ele Carol, então a culpa é sua.
-Pedro já vinha com problemas por causa do álcool desde quando estávamos juntos, Gabriel, mas só agora ele viciou realmente. Mas me diz que história é essa que eu trair ele? É isso que as pessoas andam falando de mim? -Perguntei incrédula.
-É isso o que o Pedro me disse e viu.
-Ele está mentindo! Aquele... Aquele imbecil! Ele me mandou ir embora e sai dizendo que eu trair ele? -Eu disse com uma dor tão grande no coração que era como se uma pessoa com o triplo do meu peso estivesse sentado no meu peito.
-Você não traiu?
-Olha pra minha cara e me diz se eu tenho cara de mulher que trai o parceiro? Muito menos de quem trairia o Pedro. O Pedro! -Falei um pouco mais alto mas me controlei para não chamar atenção. - Eu sou completamente apaixonada por ele e só pedir um tempo porque a bebida tava fazendo o Pedro se transformar em um homem ciumento e possessivo, a bebida estava levando o Pedro que eu conheci embora e trazendo um Pedro totalmente diferente e obscuro. Eu achei que durante o nosso tempo ele iria mudar, mas eu voltei decidida a ajudar ele e não o abandonar, então ele me manda embora e coloca todo o meu mundo de cabeça pra baixo mais uma vez. -Eu disse e respirei fundo para tentar chorar com dignidade. -Por que você veio me dizer isso do Pedro, em? -Eu disse enxugando minhas lágrimas com raiva.
-Porque eu quero que você vá falar com ele Carol, quero que diga a ele o que me disse agora. Você não sabe o quão sombrio está o Pedro e ainda mais depois que a mãe dele foi internada...
-Espera aí, dona Laura foi internada? -Eu disse interrompendo o que ele iria dizer. -Quando ela foi internada, Gabriel? Puta que me pariu! Eu não namoro mais o filho dela mas eu tenho um amor imenso por aquela mulher, poderiam ter tido a consideração de ter me avisado!
-Vai fazer duas semanas que ela está internada e não pode receber visitas.
-Que droga...-Sussurrei baixinho para mim mesma.
-Então, você vai falar com o Pedro?
-Não Gabriel, eu não vou falar com o Pedro. O que eu vou fazer é pegar o resto de amor próprio que me resta e sair por aquela porta e você nunca mais vai pedir para eu me humilhar para ele, Ok? Poxa, ele é seu amigo mas eu também sou sua amiga, você poderia me entender também. -Eu disse e me levantei. Antes que eu ficasse longe ele me chamou.
-Carol, se fosse você no lugar dele eu iria fazer o mesmo. Eu iria implorar para que ele falasse com você. Deixa de ser orgulhosa, você sabe que ele precisa de você. -Ele disse. Balancei a cabeça e fui embora, deixando um Gabriel sentado olhando para o café que eu não tinha bebido.
Enquanto eu voltava para o estacionamento da faculdade encontrei Bruna encostada no meu carro.
-Bruna? Você não ia para São Paulo hoje? -Franzi o cenho. Ela me olhou e guardou o celular.
-Pois é, acabou que eu só vou no sábado. -Ela fez uma careta. -Eu estava no apartamento do Gabriel, ele veio aqui falar com você e então depois de andar um pouco e ficar entediada eu vim aqui te chamar pra ir beber comigo.
-Essa hora? -Levantei as sobrancelhas.
-Por favor, Carol! Estou magoada demais e não posso beber sozinha. -Ela pediu. -E também, eu vou para São Paulo, você pode nunca mais ter a oportunidade de beber comigo. -Ela deu de ombros.
-O que te deixou magoada? -Não contive a curiosidade.
-Falo quando a gente for beber.
-Ok! -Revirei meus olhos e entrei no carro esperando ela entrar também e assim irmos para o bar que ela queria.
Eu apenas observei Bruna beber e chorar na minha frente, era quase uma da manhã quando eu me vi obrigada a arrancar ela daquele lugar.
Bruna estava muito mal, então a levei para dormir comigo.Quando chegamos dei um café forte a ela e ela foi tomar um banho.
Me deitei na cama e minha mente não pensava em outra coisa a não ser em tudo o que Gabriel tinha falado, e em dona Laura.

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ONE MORE THING
Teen FictionA vida de Carol sempre foi uma farsa, ela sempre sorria quando por dentro queria chorar, e sempre se calava quando na verdade queria gritar. Carol não conseguia se abrir nem para suas próprias amigas mais, ela se sentia só mesmo estando rodeada de g...