She's back

39. Você não soube?

OBS: Leiam as notas finais

Boa leitura..,

Pov Camila

A sensação daquela ser a minha primeira exposição de artes em Nova York, era indescritível! Agora todos iriam, conhecer mais sobre o meu trabalho. Confesso que fiquei um pouco receosa em ter que voltar para Nova York, mas eu estava extremamente ansiosa pois assim veria novamente Sofi e a minha mãe.

A noite estava simplesmente linda, com as estrelas todas espalhadas enfeitando a grande imensidão do céu negro. A lua quase cheia e algumas nuvens por lá. O clima estava muito agradável e eu pude ver o grande fluxo de pessoas pela galeria e aquilo realmente me deixara extremamente feliz e confiante.

Eu havia começado a trabalhar com o Sr. Lake, desde a proposta em que ele me fizera há alguns anos, atrás na faculdade. E sim, eu havia concluído a faculdade com um certo esforço pois eu não estava me focando mais em tirar boas notas, estava somente me focando em conseguir pintar quadros realmente dignos para serem expostos em uma galeria. Eu fiquei extremamente chocada com a rapidez com que o Sr. Lake vendera um de meus quadros no começo, o mesmo me disse que o homem que comprou ficara muito satisfeito com o quadro e que voltaria muitas outras vezes para comprar mais quadros como aqueles.

Eu particularmente tinha tudo o que queria. Tinha conseguido concluir a Universidade de Yale, tinha conseguido várias amizades por lá, agora estava conseguindo fazer o que mais amo e ganhar dinheiro com isto, e eu tinha um noivo "perfeito", digamos assim. Mas, sabe quando tudo à sua volta está caminhando perfeitamente bem mas, mesmo assim você se vê desamparada e sozinha, como se alguma coisa estivesse faltando em sua vida? Quando tudo o que você quer é correr, correr e abraçar alguém com todas as forças existentes em seu ser mas, não qualquer pessoa, uma pessoa específica. Somente uma e seu mundo estaria realmente completo.

Voltar para Nova York, me trazia várias lembranças do passado, me fazia lembrar momentos tristes e momentos felizes. Mas, eu tinha que me concentrar sobre o que eu falaria para todas aquelas pessoas. Confesso que com o tempo, eu perdi uma porcentagem da vergonha e medo que eu tinha de falar em público mas, sempre iria, existir uma parte dentro de mim que sentiria medo disso. Eu andava de um lado para o outro em ansiedade, Josh como sempre tentava me acalmar de todas as formas.

- Querida, se você souber o que vai falar la em cima, você não vai precisar ter medo. Eu sei que você consegue. - Josh falou segurando em meus braços com suas mãos firmes e quentes.

- Este é o problema, eu não sei o que vou falar... Na verdade eu sei mas, e se me der um branco? - Perguntei preocupada.

- Vai dar tudo certo, querida. Não se preocupe, agora vamos que já está na hora de você subir no palco.

E então caminhamos em direção ao pequeno palco que tinha por lá. Homens e mulheres analisavam tudo por lá.

Nós estávamos fazendo alguns ajustes finais antes de começar com tudo, o Sr. Lake veio de encontro comigo e disse que depois queria me apresentar uma amiga dele. E eu apenas concordei e subi no palco – com muito nervosismo mas subi -, pediram silêncio e todos me fitaram com seus par de olhos avaliativos.

- Boa noite a todos e bem-vindos. Eu... bom confesso que estou extremamente nervosa e não sei bem o que falar... - Falei e todos riram, juntamente, de mim. - Bom, quando eu era criança, sempre tive uma paixão muito grande pela arte, lembro quando minha mãe me deu o meu primeiro caderno de desenho com um estojo enorme com lápis de cor e algumas tintas, claro que depois de muita insistência da minha parte. - Todos riram novamente. - Lembro como se fosse ontem a sensação que se passou por mim quando eu comecei a desenhar um rabisco qualquer na folha de papel. Lembro que eu desenhei uma flor e aquela flor toda torta, e extremamente estranha pois realmente NÃO PARECIA UMA FLOR. - Ri juntamente de todos. - Aquilo, desenhar por algum motivo me fez feliz, por algum motivo me fez sentir que eu queria conhecer mais sobre aquele mundo onde as pessoas pintam o que vem de dentro do coração. Me fez sentir que eu queria olhar alguma paisagem e saber desenhá-la igual ou ainda melhor com grandes detalhes diferentes. E é isso, não me arrependo de correr atrás do sonho de me tornar o que sou hoje. Pois hoje eu com toda certeza posso chamar a mim mesma como pintora. Pintora de vários quadros vendidos por aí.