Un asesino frío

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Rafael

Após sair do quarto, pude me sentir mais leve. Parecia que um peso saiu das minhas costas ao contar a minha história para a Milena. Bem, ela não era a única a saber disso, mas fico feliz que ela estava no meu lado. Agora eu tenho que saber o que o Afonso quer falar comigo.

Assim que eu cheguei no escritório, vi que o Lorenzo já estava lá, nem parecia que ele tomou um porre ontem a noite.

_ Rafael que bom que você chegou - disse Afonso. - Você e o Lorenzo irão com o Carlos e o Diogo até a casa do Blanco.

_ O que ele fez? - perguntei surpreso, já que o Blanco era quase o braço direito nos negócios.

_ Eu descobri que ele tentou desviar o dinheiro da venda das armas para sua própria conta pessoal - respondeu Afonso não escondendo o seu descontentamento. - Vocês sabem que eu não deixo passar isso a limpo, então...

_ Mas se é só para matar o cara, porque precisa de quatro pessoas para irem lá?

_ Rafael conhece o Blanco - disse Afonso olhando para mim. - Ele sabe que o Blanco não gosta de andar sozinho, por isso tem uns amiguinhos bem armados.

_ Tudo bem - falou Lorenzo se levantando. - Vamos.

Não pude deixar de ficar surpreso com a reação do Lorenzo, pois ele nunca tomou iniciativa ao ir matar alguém. É parece que essa viagem mudou mesmo ele, pensei saindo do escritório logo depois.

(•.•)

A casa do Blanco ficava num condomínio chique, não muito longe da casa do Afonso. Assim que eu estacionei o carro na frente da casa do cara, vi Carlos e o Diogo chegando logo em seguida.

_ Vamos ficar aqui parados que nem estátuas? Vamos entrar logo! - falou Lorenzo.

_ Se você quiser pode ir, mas não esquece que será metralhado assim que pisar os pés lá dentro - falei começando a ficar irritado. - Esqueceu que o Blanco não fica sozinho?

Enzo bufou.

_ Eaí - disse Carlos se aproximando. - Vamos matar mesmo o Blanco?

_ O que você acha? - falou Lorenzo com tom debochado. - Quem tenta passar a perna, acabada sendo morto.

Carlos olhou para mim, como se tivesse tentando entender o que ele estava fazendo ali. Eu simplesmente não disse nada, pois ele não estava errado, mas eu sabia que daqui a pouco ele conseguiria me tirar do sério. Por isso eu vou tentar não enfiar uma bala nele, ao invés no Blanco.

_ Vamos logo - falou Diogo já impaciente.

Logo bolamos um plano e nos separamos. Eu e o Carlos íamos pelos fundos, enquanto o Diogo e o Lorenzo iam pela porta da frente. A porta dos fundos levava até a piscina, nos fundos do quintal, porém logo reconhecemos a voz do Blanco no outro lado da porta.

_ Estou te dizendo, o Afonso não fará nada - disse ele. - Ele me considera como o seu braço direito, nunca suspeitará que...Espera.

Então ouvimos ele entrando de casa.

_ Afonso não fará nada nada, é - Carlos deu um sorriso diabólico e apontou a arma na direção da fechadura da porta. - Bem, isso que vamos ver.

Com disparo a fechadura se quebrou, então entramos lá dentro. Porém logo nos surpreendemos ao ver o Blanco de joelhos do chão, chorando, enquanto o Lorenzo matinha a sua arma apontada na direção da cabeça dele.

_ Por favor, não - implorou Blanco.

Lorenzo deu risada.

_ Que patético - disse ele. - Eu achava que o "braço direito" do meu pai fosse mais corajoso.

_ Você é filho do Afonso?

_ Quieto - Lorenzo pressionou a ponta da arma na cabeça dele.

_ Isso já está de bom tamanho, Lorenzo - falei. - A gente cuida do resto.

Lorenzo deu outra risada e olhou para mim.

_ Odeio gente intrometida - então veio o som do disparo e um Blanco morto na minha frente. 

Todos (inclusive eu) ficaram surpresos com a atitude dele.

_ Por que essas caras de espanto? Parece que nunca presenciaram um morte antes - ele colocou a arma atrás da calça. - Bem, eu já vou indo - então ele me deu um olhar debochado. - Agora vocês podem cuidar do resto e... tem mais alguns lá corredor também.

Depois que ele saiu da casa, Carlos e o Diogo olharam para mim ainda surpresos com o que acabou de acontecer. Eu entendo isso, porque até um momento atrás, o Lorenzo hesitava antes de mantar alguém.

_ Bem, vamos limpar tudo isso - falei olhando para a poça de sangue do Blanco.

Ao terminarmos de limpar o sangue pela casa e enterramos os corpos no quintal, fomos embora. Diogo era muito bom em esconder qualquer vestígio de assassinato no local e por isso não precisamos nos preocupar com policiais batendo na porta de casa.

Quando chegamos lá fora, vi que o meu carro não estava mais lá. E só tinha uma pessoa que deve ter o levado.

_ Você me paga, Lorenzo - falei com raiva.

_ Sinceramente, eu não sei o que o Afonso fez com o filho dele, mas.... - Carlos deu uma pausa -...por essa eu não esperava. 

_ Nós vamos te dar uma carona - disse Diogo.

_ Valeu - falei.

Durante o caminho acabamos tocando do assunto do Rômulo. Até agora o Carlos e o Marcus não encontraram nenhum vestido sobre aquele homem que matou o Téo e o Giovane e por isso, tudo o que me resta é me conformar que o assassino do meu pai ainda está vivo por aí.

Assim que eu cheguei casa minutos mais tarde, vi que o Lorenzo ainda não tinha chegado (com o meu carro) e isso me deixou com mais raiva ainda.

Pelo jeito eu vou ter que ver um novo carro para mim, pensei, porque eu tenho certeza que ele irá quebrar o meu.

_ Boa tarde, sr. Leone - disse Charles assim que entrei em casa. - Precisa de alguma coisa?

_ Sim, pode me informar se a Milena ou o Afonso estão em casa?

_ Milena foi para a praia com a amiga dela e o Afonso está no seu escritório - respondeu.

_ Obrigado - agradeci indo em direção as escadas.

Ao chegar lá em cima, entrei no meu quarto e fui para o banheiro para tomar um banho. Depois irei conversar com o Afonso.

(•.•)

Após sair do meu quarto, desci as escadas e fui em direção ao escritório do Afonso. Quando estava quase chegando, vi que a porta estava entreaberta e logo ouvi a voz da Sabine lá dentro. Na minha cabeça os dois estariam discutindo como no dia anterior, mas na verdade eles estavam falando sobre um assunto que chamou a minha atenção. Eles estavam falando da Milena.

Hola personas! Não percam o próximo capítulo. Terá revelações que deixaram vocês surpresos ;)

Adotada Pela MáfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora