No podemos confiar en todo el mundo

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O homem não era muito alto, mas parecia ter a mesma idade com o Afonso. Todos ficaram surpresos ao vê-lo, mas logo percebi a raiva no olhar de cada um, como se ele fosse um inimigo ou...

_ Rômulo - rugiu Rafael.

Meu deus, ele é o Rômulo.

_ Como você entrou aqui? - perguntou Afonso muito nervoso.

_ Eu permitir a entrada dele  - Charles apareceu ali.

_ Charles? - perguntou Sabine supresa e ao mesmo tempo indignada. - Como você foi capaz de nos trair.

_ Eu não traí vocês - disse Charles. - Na verdade, eu nunca estive no lado de vocês.

_ Charles sempre esteve ao meu lado - falou Rômulo. - Ele sempre foi os meus olhos e ouvidos nessa casa.

_ Por isso que você sempre esteve um passo a frente - observou Rafael.

_ Exato e também foi uma boa forma de saber que a minha filha estava aqui - ele olhou para mim - no Novo México.

_ Não, isso não pode ser verdade - falei nervosa. - Você não é o meu pai!

_ Infelizmente, ele é sim - disse Sabine.

_ Que engraçado não é - ele deu uma risada - Eu matei o pai do garoto que a minha filha namora.

Olhei para o Rafael e percebi que ele não demonstrou nenhuma reação ao ouvir aquilo. Mesmo que seja verdade, o Rômulo nunca será o meu pai. Nunca!

_ Você sempre foi uma pedra no meu sapato garoto - falou Rômulo. - Eu devia ter te matado naquele noite, quando eu enfiei uma bala na cabeça do seu pai.

_ É, mas nessa noite serei eu a enfiar uma bala na sua cabeça - Rafael tirou a arma de trás da calça e apontou para o Rômulo. -Você veio direto para sua morte.

Rômulo não pareceu surpreso com isso, como se esperasse que ele fizesse isso.

_ Eu já cansei disso - falou Rômulo. - Podem entrar!

Logo vários homens entraram na casa e três deles eu reconheci quando me sequestram ontem. Eles eram o capanga do Rômulo.

_ Fizeram o que eu pedi? - Rômulo perguntou para aquele homem de cabeça raspada.

_ Sim, os seguranças não serão um problema - respondeu ele.

_ E o garoto?

_ Nós ainda não encontramos, mas não deve estar muito longe - respondeu o outro cara.

_ Eu vou com vocês - disse Charles. - Eu vou fazer questão de pegar esse pestinha.

_ Não toca no meu filho! - gritou Sabine indo na direção dele, mas foi impedida quando dois homens seguraram ela. - Ei, me larga!

_ Tire suas mãos dela, seus filhos da puta - irritou-se Afonso, mas ele foi impedido por dois homens também.

_ Já chega - disse Rômulo. - Leve esses dois e a Milena lá pra cima e fiquem de olho neles.

_ E ele? - homem com a cabeça raspada apontou para o Rafael.

_ O leve para sala - respondeu. - Eu quero ter uma conversa com que ele antes.

_ Eu não vou para nenhum lugar com você - Rafael falou entre os dentes.

_ É melhor você pensar bem, porque a Milena pode ser a minha filha, mas não hesitarei em matar alguém importante para você - Romulo sorriu. - Eu já fiz isso, lembra?

_ Como eu poderia esquecer - falou Rafael entregando contra a vontade a sua arma para um dos capangas do Rômulo.

Logo o capanga o levou para sala. Mas antes que o Rafael sumisse da minha vista, ele olhou para mim como se dissesse que tudo ficaria bem.

Mas, sinceramente eu não tenho tanta certeza disso.

_ Vamos - olhei para trás e vi os outros capangas do Rômulo levando o Afonso e a Sabine lá pra cima. - Você me ouviu?

_ Sim - respondi seca. - Não precisa repetir.

Assim que eu cheguei lá em cima, vi que os capangas do Rômulo tinham colocado o Afonso e a Sabine no meu quarto e logo entrei lá também.

_ Precisa mesmo disso? - perguntou Sabine ao ver um daqueles homens segurando uma corda.

_ Não queremos que você dê aquele surto como deu lá em baixo de novo - respondeu começando a amarrá-la. - E o seu marido também.

Logo eu e o Afonso fomos amarrados também. Eu queria muito saber o que o Rômulo queria falar com o Rafael, porém eu nunca vou descobrir. Estava óbvio que a manhã todos estaremos mortos.

Pelo menos o Enrico está a salvo.

Rafael

Depois que o meu pai morreu, eu fiz o juramento de que não ia descansar até encontrar o cara que o assassinou.

Passei a metade da minha vida o caçando e quando eu achava que finalmente eu ia conseguir matá-lo, ele foge de novo. Parece que o destino está conspirando contra mim, porque agora ele está na minha frente, após ter rendido todos os seguranças e as pessoas que são importantes para mim. Tudo isso embaixo dos nossos narizes e o que me deixa irritado e porque eu não posso fazer nada a respeito.

_ Vocês dois - Rômulo olhou para os dois capangas que estavam na sala. - Saiam.

Após os dois saírem, ficou só eu e o Rômulo na sala. Eu...e o assassino do meu pai.

_ Não era o que você esperava, não é? - ele deu uma risada. - Você aí, nessa cadeira e sem poder fazer nada, enquanto eu estou aqui preste a matar as pessoas que são importantes para você.

_ O quê? - perguntei me segurando para não matá-lo com as minhas próprias mãos.

_ É engraçado, você esperou a sua vida toda para me matar, mas não vai - ele deu outra risada. - Eu vou adorar matar essa família estúpida, igual como eu fiz com o seu pai.

_ E a Milena? - perguntei nervoso. - O que você fará com ela?

_ Nós voltaremos para a Espanha, onde ela e nem a mãe dela deviam ter saído - pela primeira vez Rafael notou que ele estava perdendo o controle.

_ Você não conhece a Milena, ela não vai querer ir!

_ Ela não tem que querer - Rômulo sacou a arma de trás da calça. - Mas fique tranquilo, ela não vai ver você morrer. Bem, eu nunca aceitaria o relacionamento de vocês, mas isso não vem ao caso agora. Depois que eu matar você, os próximos serão aquela mulher maluca e o chefe de casa. Quero dizer - ele sorriu -, o chefe da máfia.

Depois que eu ouvi aquilo, eu tinha certeza que não podia ficar parado. Eu tenho que fazer alguma coisa, mesmo que eu saia morto no final.

Rapidamente eu me levantei e dei um chute da sua mão, fazendo a arma voar da sua mão. Ele olhou para mim completamente perplexo, mas eu não me importei.

_ Bem, eu sinto eu te dizer que isso não irá acontecer - falei. - Nem hoje e nem a manhã. Sabe porquê? Caras que nem você só conseguem ganhar uma coisa, uma passagem só de ida para o fundo de uma cova. E eu vou fazer questão de mandar você pra lá!

Na mesma hora dei um murro na cara dele, fazendo iniciar uma luta sangrenta naquela sala.

Adotada Pela MáfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora