Yo no quiero que usted pare

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Lena

O ambiente estava pouco iluminado, mas tinham luzes que piscavam com o ritmo da música. Eu estava na pista de dançando perto de várias pessoas animadas igual a mim.

Isso até eu sentir alguém passar a mão na minha bunda. Olhei para trás e vi um homem mais velho do que eu, me olhando como se fosse uma presa. Estava óbvio que ele estava bêbedo e não queria continuar ali perto dele.

Na hora que eu ir sair dali, senti a mão dele segurar o meu braço com força.

_ Espera, a onde você está indo? - perguntou se aproximando de mim. - Vamos dançar.

_ Eu não quero - falei nervosa. - Me solta!

_ Se eu não te soltar, o que você vai fazer? - perguntou o homem com tom de deboche.

_ Se você não soltar eu vou ser obrigado a fazer isso a força e pode ter certeza que não vai ser bonito - olhei para o lado e vi Rafael com os punhos cerrados.

Naquele momento eu fiquei aliviado ao vê-lo, mas ao mesmo tempo me perguntava como ele chegou ali tão de repente.

Mas eu não fui a única que percebeu que o Rafael não estava brincando, pois aquele homem havia me soltado na mesma hora e foi embora.

_ Como você está?

_ Eu estou bem, mas quando você chegou aqui? - perguntei.

_ Não faz muito tempo - ele deu uma risada. - Mas pelo jeito o segurança ainda deixa você entrar com uma identidade falsa.

Dei uma risada também.

_ É mesmo, mas eu acho que já vou embora - falei. - Eu estou um pouco cansada.

_ Quer que eu te leve?

_ Não precisa, eu pego um táxi - respondi mais rápido do que eu pretendia. - Você acabou de chegar e...

_ Não tem problema - persistiu Rafael. - Eu também não estou muito bem também.

A boa notícia que moramos na mesma casa, então eu decidi não contrariá-lo e aceitei a carona. Logo me despedi da Molly, que estava dançando entre dois homens e saí da boate com o Rafael. Ficamos conversando durante o caminho e logo toquei no assunto sobre o seu sumiço de hoje de manhã.

_ Eu estava resolvendo umas coisas aí - Rafael respondeu a minha pergunta, mas algo na voz dele mostrava que estava escondendo alguma coisa.

_ Você sabe que não precisa me esconder nada, não é - falei. - Eu já sei que a minha família que me adotou é da máfia.

_ Milena, não é nada com você, mas a coisas que eu prefiro não contar agora - disse Rafael.

Depois disso ficamos em silêncio.

Rafael

Eu queria ter contado a Milena o que tinha acontecido antes de entrar na máfia, principalmente falar sobre o meu desejo de matar o Rômulo, o assassino do meu pai. Mas ele  sempre consegue escapar e agora a única pessoa que podia me levar até ele  tinha sido morto também.

Adotada Pela MáfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora