El final de un monstruo

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Lena

De onde eu estava, podia ver dois seguranças na entrada do quarto nos vigiando. Meus pulsos ainda estavam doendo depois de ficara horas amarrada numa cadeira, quando eu fui sequestrada.

E, mesmo que a minha dor tenha aumentado agora (porque eu fui amarrada de novo), isso não se comparava com o nervosismo que eu estava sentindo naquele momento.

Enquanto eu estava aqui amarrada, o Rafael estava lá com o assassino do seu pai. Eu tento esquecer que o Rômulo é o meu pai, mas era impossível. Como eu posso ser filha desse monstro?!

Sinceramente, eu não sei o que vai acontecer. Eu tento não pensar no pior, mas...já estamos na pior, onde todos que são importantes para mim estão correndo risco de vida (inclusive eu).

Uma parte de mim queria que tudo isso fosse um pesadelo, onde eu poderia acordar a qualquer momento e nos braços do Rafael. Mas a outra parte sabia que a manhã todos nós estaremos mortos.

Olhei para o lado e vi o Afonso estava sério, mas no fundo eu sabia que ele com raiva e ao mesmo tempo planejando como iremos sair de lá.

Já a Sabine estava séria também, mas ao contrário do Afonso, ela estava se aguentando para não chorar. Até agora não sabíamos se os capangas do Rômulo conseguiram pegar o Enrico e se pegaram... Não! Eu não vou pensar nisso.

_ Já sei - sussurrou Afonso, mas eu e a Sabine conseguimos ouvir.

_ O quê? - sussurrou Sabine de volta.

_ Como vamos escapar daqui - respondeu. - Assim...

De repente, os capangas que estavam nos vigiando, caíram duros feito pedras dentro do quarto. Ninguém sabia como isso aconteceu, mas para nossa alegria, Enrico logo apareceu na entrada do quarto.

_ Oi, gente - disse ele. - Precisam de ajuda?

_ Sim, rápido meu filho, nos ajude as nos desamarrar - disse Sabine.

Não demorou muito e todos já estavam desamarrados.

_ Filho, como você conseguiu essa arma de choque? - perguntou Afonso.

_ Eu peguei escondido de um dos seguranças há um mês trás- respondeu Enrico. - Vocês estão zangados?

_ Claro que não - Sabine abraçou ele. - Mas agora quero que você se esconde e não deixe que esses homens malvados te encontrem.

Ele assentiu e saiu do quarto correndo.

_ Vamos, nós temos que ajudar o Rafael - disse Sabine saindo do quarto.

_ Espera - Afonso segurou o braço dela. - Não podemos ir agora. Somos três contra vinte lá embaixo. Mal chegaremos e seremos mortos.

_ Então, o que nós faremos? - perguntou Sabine.

_ Esqueceu dos nossos amigos que moraram aqui no Novo México? - Afonso sorriu.

_ Como eu poderia esquecer - ela sorriu também.

_ Temos que ligar pra eles - disse Afonso. - O telefone mais próximo fica no nosso quarto.

_ Tudo bem, vamos Milena? - falou Sabine.

_ Podem indo - falei. - Eu vou lá daqui a pouco.

Os dois se entreolharam.

_ Tudo bem - disse Afonso. - Mas não demora.

Assim que eles saíram do quarto, peguei uma arma de um daqueles capangas e saí do quarto. Não é a primeira vez que eu seguro numa arma, mas é a primeira vez que eu tenho coragem de usá-lá em qualquer pessoa que tente me ferir ou alguém importante para mim.

Adotada Pela MáfiaOnde histórias criam vida. Descubra agora