Depois que todos os capangas do Rômulo foram mortos, ajudei a fazer um curativo no Rafael. Pedi para ele não contar para o Afonso que tinha sido eu a matar o Rômulo. Eu ainda precisava processar tudo o que tinha acontecido e...o Rafael também.
Ao voltarmos para sala, vimos que o corpo do Rômulo já tinha sido removido de lá, mas o sangue ainda era visível no chão.
_ Nossa, que bom que vocês estão vivos - falou Afonso. - Como você está, Rafael?
_ Eu estou bem - ele olhou pra mim, mas eu não disse nada. - Que bom que deu tudo certo no final.
_ É mesmo, você finalmente teve a sua vingança - Afonso sorriu. - E você, Milena? A onde estava?
_ Eu...
_ A onde está o Enrico? - perguntou Rafael me salvando naquele momento.
_ Está no seu quarto - ele deu uma risada. - Demorou para encontrá-lo, mas ele está bem.
Esse garoto é esperto, pensei sorrindo.
_ Bem, se vocês quiserem podem dar uma volta - ele ficou sério. - Muita coisa aconteceu e vocês precisam se distrair.
_ Tem certeza? - perguntou Rafael.
_ Sim, não tem mais nada para vocês aqui - ele respondeu. - Mas antes de irem, vocês sabem onde está a Sabine?
_ Não - respondemos juntos.
Que estranho, pensei, a onde ela deve estar?
_ Bem, daqui a pouco ela parece - disse Afonso. - Eu...
_ Afonso tem mais dois corpos lá em cima - disse Carlos descendo as escadas.
_ Sim, mas eles não estão mortos - falou Afonso. - O meu filho...
_ Vamos? - falou Rafael me chamando.
Olhei para o lado e vi que o Afonso e o Carlos tinham saído de lá.
_ Vamos - então eu peguei a mão dele e saímos de casa.
Haviam várias pessoas lá fora. Algumas eram os capangas do Afonso e outros eram os seguranças que tinham sido rendidos mais cedo.
Pelo menos eles não foram mortos.
Após entrarmos no carro do Rafael, ele deu a partida no carro e fomos para bem longe de lá.
(•.•)
Quinze minutos mais tarde, tínhamos para em frente a uma praia. Rafael acertou em cheio, porque aquele lugar era bom para se distrair.
Ao sairmos do carro, sentamos em cima do capô e ficamos em silêncio, ouvindo o barulho das ondas. Eu queria que aquele silêncio continuasse, mas eu sabia que aquela hora era certa para conversar com o Rafael.
_ Desculpa - falei.
Ele olhou para mim e franziu as sobrancelhas.
_ Pelo o quê?
_ Você esperou anos para matar o Rômulo e eu...
_ Eu não acredito que você está dizendo isso - ele levantou o meu queixo para eu olhar nos seus olhos - Milena, você salvou a minha vida. Se você não tivesse chegado na hora, o Rômulo teria me matado.
_ Eu não iria aguentar se eu te perdesse - uma lágrima escapou nos meus olhos. - Só de imaginar, eu...
_ Eu também não conseguira aguentar se eu te perdesse - ele deu um beijo nos meus lábios e encostou sua testa na minha. - Você foi a única pessoa que despertou algo de bom em mim. Você é a única que eu amo.
Ao ouvir aquelas palavras, eu fiquei surpresa e ao mesmo tempo feliz, tanto que eu sentia que a qualquer momento sairia um monte fogos de artifício de mim.
_ Eu também te amo - falei sorrindo.
Então iniciamos um beijo calmo, pois só de estarmos juntos naquele momento bastava.
Ao nos afastarmos, deitei a minha cabeça no ombro dele e ficamos abraçados em cima daquele capô.
_ Agora me fala, como você está se sentindo ao saber que o assassino do seu pai é o meu... - decidi não completar a frase.
_ Quando eu ouvi aquilo eu fiquei surpreso na hora, mas eu não podia demonstrar isso na frente dele - disse Rafael. - Ainda está difícil de acreditar, mas a sua mãe estava certa em fugir dele.
_ É mesmo - murmurei.
_ E você? - perguntou Rafael. - Eu sei que não é fácil pra ninguém quando mata pela primeira vez.
Logo fiquei tensa.
_ Bem, você certo - respirei fundo. - Não está sendo fácil para mim. Eu não me arrependo pelo o que eu fiz, mas ele ainda é uma pessoa.
_ E também era o seu pai.
_ Não - falei. - O Afonso que é o meu pai e sempre será.
Depois disso não falamos mais nada e aproveitamos aquele nascer do sol tão lindo. Eu sei que daqui por diante muitas coisas irão mudar. Mas só de estar ali olhando aquela paisagem, tornava aquele momento magnífico.
Bônus: Sabine
Um sorriso se formou quando eu soube que os capangas do Rômulo (e o Rômulo) foram mortos. Era o fim desse pesadelo, mas... Eu só vou estar feliz mesmo quando eu conseguir a minha vingança. E não vai demorar muito para eu tê-la.
De repente a porta foi aberta e dois seguranças apareceram, segurando um cara que eu confiava completamente. Até que...eu descobrir que não se deve confiar em todo mundo.
Agora vendo o Charles aqui na minha frente, só aumentava a raiva que eu estava sentindo.
_ Sra. Santiago, encontramos ele tentando fugir pelos fundos do jardim -falou um dos seguranças.
_ Que coisa feia, Charles - sorri. -Indo embora sem se despedir antes.
_ Sabine... - ele olhou para mim assustado.
_ Nós deixem a sós, por favor - falei.
Logo os dois seguranças saíram e fecharam a porta.
_ Senhora, por favor eu...
_ Quieto - então coloquei um caixa em cima da mesa. - Eu estava louca para usar isso.
_ O que é isso? - perguntou ele mais assustado ainda.
_ Você sabe muito bem o que é - dei um sorriso diabólico. - Eu vou fazer você se arrepender por tudo de ruim que você fez comigo e com a minha familia!
_ Não, por favor - implorou ele. - NÃO!!!!
Hola personas! Esse foi o penúltimo capítulo. O que vocês acharam? Não deixem de curtir e comentar. Eu quero muito saber a opiniões de vocês ;)
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Adotada Pela Máfia
RomansaLena tem dezesseis anos e passou a metade da sua vida no orfanato. Mas isso estava prestes a mudar quando uma família decide adotá-la. PLÁGIO É CRIME! Seja inteligente e cria suas próprias histórias.