Adotada Pela Máfia

No es fácil quedar cerca de alguien que sòlo nos hace malo

Lena

Na hora do almoço, eu a Molly ficamos conversando enquanto andávamos até o refeitório.

_ Espera -  ela tirou o celular do bolso e sorriu. - Legal.

_ O que foi? - perguntei curiosa.

_ O meu primo conheceu um cara que faz identidades falsas - respondeu Molly. - A minha acabou de ficar pronta.

_ Eu não entendo, por que você fez uma identidade falsa? - perguntei confusa.

_ Porque eu ainda sou menor de idade e não vou poder ir nas festas e nas boates por causa disso - respondeu mostrando a sua frustração. - Por isso, eu pedi para fazer uma identidade falsa, onde ninguém poderá me barrar. Quer eu peça para fazer uma para você?

_ Tudo bem - respondi um pouco insegura. - Quanto custa?

_ Não precisa me pagar - Molly deu um sorriso. - O meu primo tem uma queda por mim, então não vai ser difícil enrolar ele. 

Depois que pegamos o nosso almoço, sentamos numa mesa perto da entrada do refeitório.

_ Oi, Lena - disse Lucas. - Como você está? Eu não te vi o fim de semana toda.

_ Eu estava um pouco ocupada - respondi dando um gole no meu suco.

_ Posso me sentar aqui com vocês? - perguntou ele

_ Você já sabe a minha resposta, mas... - Molly olhou para mim.

_ Eu não sei se é uma boa ideia - falei. - A Jéssica...

_ Eu e a Jéssica terminamos - Lucas interrompeu. - E pode ficar tranquila, porque ninguém tem coragem de mexer com uma Santiago.

É isso que eu não entendo, pensei. Eu ainda não tinha me esquecido o que a amiga da Jéssica disse o que aconteceria se ela me batesse. Minha família não é perigosa, mas parece que ninguém acredita nisso.

_ Tudo bem - disse. - Pode se sentar com a gente.

Lucas deu um sorriso e sentou no meu lado.

  (•.•) 

Após a aula ter acabado mais tarde, vi o Rafael me esperando lá fora. Por um momento eu tinha me esquecido que o Rafael tinha que me levar e buscar na escola. Logo o meu humor mudou drasticamente, tornando aquele momento o pior de todos.

Tudo o que queria era sair dali e fingir que ele não existe. Mas, como eu disse antes, nem tudo é como a gente quer.

_ Vai entrar no carro ou não? - perguntou.

Bufei e entrei no carro sem dizer nada.

_ Então, como foi o seu dia hoje? - perguntou Rafael dando partida no carro.

Olhei para ele pega totalmente de surpresa.

_ O quê? - perguntei. - Por que de repente você quer saber como foi o meu dia?

_ Por nada - ele encolheu um pouco os ombros. - Eu só queria ser educado.

_ Você, educado? - dei uma risada. - Só se for com a Sabine, porque comigo você é um grosso.

Ele respirou fundo

_ Olha, eu queria me desculpar - falou. - Eu não devia ter dito aquelas coisas para você.