Cabe um parenteses aqui...

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E isso não era exatamente para ser uma parte desse livro, mas decidi que porventura e por ventura também, se alguém estivesse passando pelos mesmos maus bocados em que eu estou, isso pode ajudar, não é um texto de auto-ajuda (bom... pelo menos eu imagino que não), é meio que uma partilha de experiência, do que me ajudou a dizimar essa depressão, e ainda está ajudando... Lá vai:

Às vezes tenho a sensação de isso não funcionar mais, de escrever só por escrever, mas quando chego ao final, no último parágrafo, quando digito o último caractere, eu digo - Agora sim, renovei minhas forças e esperanças.

Pode parecer blefe ou do que quiserem chamar, mas escrever é uma sensação libertadora que poucos sabem como é, porque apesar de todos poderem o fazer, uma minoria faz. Os outros preferem remoer textos por aí e republicar-los, não que isso seja ruim, mas uma escrita da sua própria autoria é algo intangível, não podemos quantificar o valor, porque é algo que sequer podemos compreender; mesmo que estejamos escrevendo mal, se estivermos escrevendo com sentimentos, isso transcende a nossa natureza e começa a se elevar num ponto onde nunca conseguiremos entender. É algo celestial.

Só quero explicar que ler texto de outrem é lindo, majestoso para ser exato; porém, reler nossa vida, ler nossas histórias contadas de um ângulo e imaginarmos-a de outro, lermos uma história triste do passado e conseguir rir comicamente daquilo, é no mínimo inimaginável e glorioso. Isso nos livra de todo o fel e amargura que temos, nos livra de noites em claro de solidão e fraqueza, nos faz mais vivos.

A mensagem que eu tenho é: Escreva com gosto, com paixão, pelo que for, mas escreva com sentimentos. Sendo eles bons ou não, escreva com sentimentos.

Mais uma, só que em outro lugar.Onde histórias criam vida. Descubra agora