E isso não era exatamente para ser uma parte desse livro, mas decidi que porventura e por ventura também, se alguém estivesse passando pelos mesmos maus bocados em que eu estou, isso pode ajudar, não é um texto de auto-ajuda (bom... pelo menos eu imagino que não), é meio que uma partilha de experiência, do que me ajudou a dizimar essa depressão, e ainda está ajudando... Lá vai:
Às vezes tenho a sensação de isso não funcionar mais, de escrever só por escrever, mas quando chego ao final, no último parágrafo, quando digito o último caractere, eu digo - Agora sim, renovei minhas forças e esperanças.
Pode parecer blefe ou do que quiserem chamar, mas escrever é uma sensação libertadora que poucos sabem como é, porque apesar de todos poderem o fazer, uma minoria faz. Os outros preferem remoer textos por aí e republicar-los, não que isso seja ruim, mas uma escrita da sua própria autoria é algo intangível, não podemos quantificar o valor, porque é algo que sequer podemos compreender; mesmo que estejamos escrevendo mal, se estivermos escrevendo com sentimentos, isso transcende a nossa natureza e começa a se elevar num ponto onde nunca conseguiremos entender. É algo celestial.
Só quero explicar que ler texto de outrem é lindo, majestoso para ser exato; porém, reler nossa vida, ler nossas histórias contadas de um ângulo e imaginarmos-a de outro, lermos uma história triste do passado e conseguir rir comicamente daquilo, é no mínimo inimaginável e glorioso. Isso nos livra de todo o fel e amargura que temos, nos livra de noites em claro de solidão e fraqueza, nos faz mais vivos.
A mensagem que eu tenho é: Escreva com gosto, com paixão, pelo que for, mas escreva com sentimentos. Sendo eles bons ou não, escreva com sentimentos.
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Mais uma, só que em outro lugar.
Short StoryA história da transição entre a juventude, adolescência e fase adulta numa só história de menos de 50 páginas. O maior conto de não-ficção que já leram, porque apesar de poucas páginas, temos muito sentimento e realismo.