E eu olhei ela dezenas de vezes, ela fazia réplica, me devolvia os olhares. E cada vez que nós nos olhávamos, eu via o brilho rescindir naqueles olhos, via os cabelos dela balançarem igual nos filmes. Ela era e ainda é, inteiramente linda, a coisa mais impressionante que eu vi em toda minha vida. Mas aí se tornou comum e contínuo, nós nos víamos sempre, mas calma, não se tornou clichê, cada vez que eu a encontrava, eu percebia algo novo nela, que nem ela mesmo sabia, ou, que nem mesmo as pessoas mais próximas dela notavam, e nós estávamos há pouco tempo, porém eu já sabia muito dela.
E passávamos muito tempo juntos, questionavam sobre o nosso amor, questionavam sobre o quão amávamos e como amávamos e eu nem ligava, eu sei que eu amava e ela também. Entretanto, essa história não tem um fim ainda, estamos juntos e felizes, como um ótimo casal, por isso eu sei que amamos de verdade, porque mesmo depois de tantos desafios, ainda estamos juntos.
E como estamos juntos... A cada dia que se passa, são mais abraços, mais beijos, o oposto do que disseram que seria. Claro, estamos no início e estamos vivendo uma ascensão amorosa, logo, essa ascensão não deveria estar durando tanto tempo, penso eu... E como está durando, apenas deixamos que dure.
Retratar o amor é algo complexo, mas não porque eu não sei amar ou porque eu sou insensível. Totalmente o contrário, sou sensível e bem romancista para dizer a verdade. Só que eu ainda não vivenciei tantas histórias de amor para personificar-lo de uma maneira tão bonita quanto os outros retratam.
O amor para mim, é algo celestial, simples e sublime. O que todos procuram, mas não enxergam, porque simplesmente não se vê o amor, se sente. O amor é algo que transcende a nossa realidade e que nos faz liberar uma efusão de sentimentos que nunca poderemos explicar.
O amor é o metafísico que entra em uma congruência com o físico e se torna algo simultaneamente real e irreal. Por isso, quando vivemos o amor, temos tantas coisas boas e ruins, são os opostos não se repelindo, é o mundo distópico e o utópico entrando em um confronto e quem vence, faz o seu momento.
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Mais uma, só que em outro lugar.
Historia CortaA história da transição entre a juventude, adolescência e fase adulta numa só história de menos de 50 páginas. O maior conto de não-ficção que já leram, porque apesar de poucas páginas, temos muito sentimento e realismo.