Eles costumavam dizer que era especial, que quando, e se eu precisasse, bastava chama-los, e então fui, deparei-me com a porta entreaberta e após, ela totalmente cerrada, como meus olhos naquele momento, período matutino. Era apenas eu, meu cigarro e fumaças ao vento.
Logo, me despedi daquele solo hostil, em direção a minha casa e ao terreno mais fétido que já havia estado, e não digo de sujeira e sim de sentimento. Adentrei como um fantasma, em meio ao frio e fui ao meão da casa, sentei no sofá e redigi mais três textos sobre a existência e solidão d'eu mesmo, em posição fetal peguei-me norteando as lágrimas em direção a boca, e como magma, desciam quentes e como costelinha, sempre salgadas
Pairando sobre minha terra natal, rumei ao centro da prevalência da minha sórdida depressão e então fui de encontro ao delírio, olhos revirados e mente esvaziada a esmo, dormi com a minha antiga vida e só então denotei que eu já não era mais o sorridente garoto que quisera ainda ser.
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Mais uma, só que em outro lugar.
Short StoryA história da transição entre a juventude, adolescência e fase adulta numa só história de menos de 50 páginas. O maior conto de não-ficção que já leram, porque apesar de poucas páginas, temos muito sentimento e realismo.