A vida é feliz – Eles disseram. As coisas mudam, e nem sempre como queremos, eu fui de o melhor aluno à o pior em meses, mudança quase que repentina, meu cabelo que esbanjava saúde, retrataria o nervosismo à flor da pele. E agora com cabelos brancos, tremor nas pálpebras e dores nas pernas, eu venho lhes dizer que, a vida é uma merda como sempre achei, e como eu sempre disse para minha mãe, desde os 7 anos, eu não queria ter a vivido. A vida é engraçada – me falaram. Sorri e acenei, disse que sim, também achava. Engraçada da forma mais sádica possível, onde ela caçoa de todas as porras de oportunidade que você perdeu, e se ela puder, faz replay para te foder de novo, e de novo, e de novo, e bom... você entendeu.
A vida é para ser vivida – Me disseram isso quando eu tinha 12 anos, e hoje, com apenas 16, eu digo, a vida não era para existir. E eu nunca precisei de um amigo senão eu, até perceber que eles me acham esquisito e não ligam para as minhas conversas. Eu nunca quis alguém como nesse ano, e eu nunca precisei mais de alguém como nessa vida.
Nessa vida eu não consegui, porque eu a acho adorável, e ela me acha insano e depressivo, eu deveria terminar isso tudo, não teria ninguém para puxar minha corda e descer ou parar isso tudo. A vida é horrível – Disse a eles, passarem-se segundos e chorei, lágrimas salgadas e quentes deslizam em meu rosto como os sangues que estivera em meu braço segundo atrás.
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Mais uma, só que em outro lugar.
Short StoryA história da transição entre a juventude, adolescência e fase adulta numa só história de menos de 50 páginas. O maior conto de não-ficção que já leram, porque apesar de poucas páginas, temos muito sentimento e realismo.