Eu sou tão estúpido, estou estupefato de ainda acreditar no amor após tantas desilusões, e só quisera eu desacreditar dele por um momento. Não estou mais à busca de um amor, estou à busca do desamor, quero cessar um pouco a carreira de romancista e a faixada de um amor derradeiro, quero descasar-me do amor. Quero mata-lo!
Depois de tantas declarações, tantas coisas infantis feitas e o amor purista que depositei em todos, sou taxado como louco e até confiante de mais em mim mesmo e no sentimento ilusório. Porra, isso só me fode, talvez seja ironia, mas o sentimento que eu mais acreditava ser o melhor, é o pior de todos agora. E pudera eu acreditar que seria só ele, há um caos de sentimentos por trás e eles só me fodem.
Não sei se vem a calhar, só que eu estou farto de viver isso, de inalar uma emoção que não existe e subsistir em camadas externas de alguém. Sério, é péssimo viver em conflitos consigo mesmo porque alguém não te ama e só te deixa como árvore numa peça teatral de romance que vive com outro. Que saco, eu estou morbidamente amargurado neste momento e só quero botar fim nisso tudo, a vontade está como um gordo querendo comer x-burguer ou pizza, só que a coragem está tão ínfima quanto a chance de minha própria sobrevivência.
Autossuficiência nula, bem-vindo a minha história. A história de um desolado garoto probabilístico com o amor, o mesmo que calcula amores e impõe que viver o amor é lindo. Ou, a história do garoto que acabou de ver que já não é mais assim.
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Mais uma, só que em outro lugar.
Short StoryA história da transição entre a juventude, adolescência e fase adulta numa só história de menos de 50 páginas. O maior conto de não-ficção que já leram, porque apesar de poucas páginas, temos muito sentimento e realismo.