cap. 42

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— a noite já se aproximava. E como eu já estava prevendo, a Luiza não saia do meu pé. Ainda bem que o Alisson já tinha ido embora, menos um para ficar de olho em mim. Eu sabia que ele não iria desistir tão fácil assim.

Ela: vai logo Gabriel.

Eu: calma Luiza. Ele não vai chegar agora não.

Ela: mais ele já tá perto.

— eu olhei pra ela e fiquei a encarando.

Eu: cê parece que quer que eu vá para esse encontro mais do que eu.

Ela: lógico. Você não pode ficar sozinho.

Ela: e além do mais. Aquele garoto é muito lindo pra deixar de mão aberta por aí.

— em um certo ponto, ela estava me fazendo bem. Dava cada gargalhada com ela e as suas frases.

Ela: cuida Biel.

Eu: calma, calma. Só falta ajeitar o cabelo.

Ela: meu Deus. Você demora mais que mulher.

— eu olhei para cara dela.

Eu: cê não vê a hora quando cê tá se arrumando não né?

Ela: eu sou mulher, tenho que demorar mesmo.

Eu: tá bem.

Eu: pronto.

Ela: ainda bem.

Eu: mais não sei pra que toda essa pressa, ele nem vai chegar agora.

— até que eu escuto a campainha tocar.

Ela: tem certeza?

Eu: mais ainda não tá na hora, ele tá meia hora adiantado.

Ela: eu liguei pra ele ainda a pouco.

Eu: mais porque?

Ela: aproveitei que o Pedro foi comprar meu absorvente e liguei logo pra ele.

— eu ainda fiquei encarando ela sem entender nada.

Ela: pra ninguém desconfiar de você seu idiota.

Eu: Ahh.

Ela: Ahh.

— disse ela com um tom de voz irritante. Literalmente ela estava me expulsando da minha própria casa. Com os empurrões da luiza, cheguei na frente da porta bem rapidinho.

Ela: abre logo Gabriel.

Eu: calma, pra que isso.

— ela se meteu no meio e abriu a porta. Quando me toquei, já estava encantado com o Bruno. Ele estava com uma camisa polo azul e uma calça branca.

Eu: nossa.

Ele: gostou?

— eu nem sabia oque falar, só balancei a cabeça pra afirmar. A Luiza logo me empurra pra fora e tranca a porta. Mais quando eu digo que ela me empurrou, ela me empurrou mesmo. Ainda bem que o Bruno me segurou, se não tinha dado merda.

Ele: oque ouve com sua amiga?

Eu: não sei, ela tá muito estranha ultimamente.

Ele: será que tem algo haver comigo?

— eu dei uma risada um pouco alta.

Eu: não, ela é assim naturalmente. Só que hoje ela ta um pouquinho a mais.

Ele: atá. Então tá bom.

Ele: vamos?

— disse ele apontando para uma Hilux branca. Ele abriu a porta para mim. Deu a volta em seguida e entrou no carro.

O AMIGO DO MEU IRMÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora