— já estava ali um bom tempo. Fiquei agarrado no Alisson sem saber oque fazer. Eu sentia as lágrimas dele, descendo pelo seu rosto e caindo na minha blusa.
Eu: não precisa ficar assim Alisson.
— ele insistiu no choro. Aquilo estava doendo mais em mim do que nele. Só estava tentando mostrar uma coisa que não era real. Estava tentando mostrar a ele que eu não o amava mais. Mas isso não era a total verdade de tudo. Tenteie separar do corpo dele. Em um certo momento eu sinto aquele corpo forte me abraçando.
Eu: Alisson, Não precisa ficar assim. Eu tenho certeza que você vai conseguir cara.
— eu olhei para os olhos vermelho e inchados que estavam expostos na minha frente. Ele disse.
Ele: conseguir oque?
Ele: esquecer você?
— disse ele me olhando com aquele olhar que machucava até a alma.
Ele: eu não paro de pensar em você em nenhum momento Gabriel.
Ele: você virou a minha vida.
Ele: eu durmo e acordo pensando na merda que aconteceu.
— ele colocou as duas mãos nos meus ombros e disse.
Ele: eu sei que você ainda me ama.
Ele: por favor. Volta comigo. Eu não quero viver sem você do meu lado.
Ele: eu te amo.
— aquilo foi como dar uma facada em mim mesmo. Eu não poderia esconder que ainda amava ele. Mas e o Bruno?
— todas aquelas perguntas estavam se borbulhando na minha barriga. Até que eu tive uma atitude.
Eu: Alisson, eu estou namorando com o Bruno agora.
Eu: eu sinto muito.
— ele deu um sorriso um pouco peculiar para mim. Se virou e saiu andando dando as costas para mim. Eu vi ele indo embora e não tive a Capacidade de dizer a verdade.
— quando eu perdi ele de vista, eu virei no corredor e cai no choro compulsivo. Aquilo estava doendo mais do que eu poderia imaginar. Era uma dor aterrorizante. Era uma dor sem sentido. Eu fiz aquilo comigo mesmo. Eu merecia sentir aquilo. Aquela dor era para mim.
ALGUMAS HORAS DEPOIS
— eu estava indo pra casa no carro do Bruno. Ele tinha se oferecido pra me dar uma carona. Não demoramos muito para chegar em casa. Pra falar a verdade, até que foi rápido. Chegando lá me despeço dele. Abri a porta da frente e fui em direção a cozinha. Nesse momento avisto meu pai com alguns balões azuis em cima da mesa. Eu não queria estragar a surpresa, então voltei para a porta da Frente, a abri e bati com força. Depois disso eu digo bem alto.
Eu: CHEGUEI.
— acho que eu tinha dado tempo o suficiente para meu pai ter notado a minha chegada. Fui direto pra cozinha outra vez, e percebi que os balões não estavam mais ali em cima.
Eu: oi pai.
Pai: oi filho. Como foi no colégio hoje?
Eu: acho que foi legal.
— menti em alguns pontos.
Pai: que bom meu filho.
Eu: oque cê tá fazendo aqui em casa uma hora dessas pai?
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O AMIGO DO MEU IRMÃO
RomansaGabriel é um garoto de 15 anos que não se dá muito bem no colégio, principalmente por causa do seu irmão o tão popular Pedro. Todas as garotas se matam por esse cara. Voltando para o Gabriel. Como eu dizia, Gabriel não é muito chegado nesse negócio...