Carrego em mim o pó do começo,
O Eco do despertar,
A luz da alvorada.
Carrego em mim a vontade de ser,
Os sonhos de Deus,
O pensar da liberdade.
Somos tudo o que sobra
De um tempo dourado,
De explorações e vitórias,
De guerras gloriosas,
De construções impossíveis,
De velhas histórias.
Somos a chuva que bate na janela,
O vento que dança com a folhagem,
O cantar das aves nas árvores,
O respingar da água nas fontes,
O calor do Verão
E o frio do Inverno.
Carregamos em nós o que sobra
Do velho Universo,
Do passado nostálgico.
Carregamos em nós o que sobra
Do velho Mundo,
Da vida passada.
Somos ecos esbatidos do que fomos,
Luz baça da alvorada.
Somos pó de sonhos,
Lavados na chuvada.
-JM