Sonhei com Angola
De novo.
Senti na pele o quente e confortável calor
Do interior angolano.
Com as minhas próprias mãos
Peguei na picareta e trabalhei
Confortavelmente como se fosse
Uma de muitas vezes.
Percorri as estradas de terra
Nas velhas carrinhas empoeiradas
E visitei as aldeias e vilas
Que se estendem ao longo
Dos caminhos que levam a lado nenhum.
Sonhei com Angola
De novo.
E morri no sonho com a sensação
De ter morrido em casa,
No lugar a que
Pertenço.
-JM