Terra que estende os braços das montanhas a norte
Às praias longas do sul
Que estende os cabelos pelo mar às nove ilhas a oeste,
E às tantas e pequenas do sudoeste,
Não serás tu a mais linda das terras?
A neve que cai com força nos solos altos
E o calor sufocante das grandes planícies,
As florestas verdes que cantam
E as areias brancas que chamam,
Os rios puros que brincam
E as ilhas que são um farol no enorme mar enfurecido
Fazem deste pequeno rectângulo
À beira mar plantado
Um país diverso e único
Porque em tudo é especial.
Gentes que trabalham de Sol a Sol
Nas fábricas, nas fazendas, nos serviços
Fazem mover a máquina para a frente
E o sangue correr com vida nas ínfimas veias
Que pulsam a cada dia.
Gentes honestas e sem medo
Que não dobram o joelho ao invasor
E que lutam pela terra sua mãe
Fazem viver a pátria que lhes deu vida
E que sem elas não é nada.
Gentes que correram o mar em cascas,
Que cruzaram universos para espalhar a luz
A verdade do que somos,
E que não têm medo do abismo do fim.
E porque não conheço terra igual,
De tão brava valentia,
E porque não conheço povo,
Tão duro de roer como este,
Posso com orgulho dizer
Que sou português
E que amo Portugal.
-JM
PS: Todas as terras têm o seu encanto, mas a nossa mãe é sempre mais especial.
