Yulla e Cam passaram o dia todo praticamente dentro daquela carruagem apertada, só saíram dali para fazer suas necessidades fisiológicas e para se alimentar.
Logo já era noite e se Cam achava que Sefiron teria piedade deles, e os tirasse dali para dormir, ele estava muito enganado, pois continuaram trancafiados e acorrentados, naquele local minúsculo.
Aquela noite estava relativamente fria, devido a aproximação do inverno, e fez com que Yulla se aproximasse de Cam o máximo que ela conseguia.
Ele a envolveu em seus braços para mantê-la aquecida, já que nem sequer um cobertor os caminhantes haviam entregue a eles. Yulla apoiou a sua cabeça no peito de Cam e colocou seus braços ao redor do tórax dele.
– Foi por isso que você fugiu deles? - Yulla pergunta com a voz rouca, estava bastante sonolenta e ouvir as batidas do coração de Cam a fazia ficar com mais sono ainda. - eles sempre foram cruéis assim?
– Na verdade não. Eu nem sei por que eles estão agindo desta forma. - ele confessou. - talvez procurar pela deusa incansavelmente tenha deixado a mente deles doente.
Yulla tossiu. Aquele lugar fechado, com várias caixas, o mofo se acumulando, e o frio, estava fazendo com que a garganta dela coçasse. Ela fechou os olhos, numa tentativa de dormir –mesmo naquela posição inadequada em que eles se encontravam. – Até que ouviu a voz de Cam outra vez no meio daquela escuridão:
– Você está com medo de encontrar a deusa?
– Eu sou humana Cam, é claro que eu tenho medo de encontrar o ser supremo que me criou.
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Um grito revoltado ecoo pelo castelo etéreo.
Não podia ser possível, as suas marionetes falharam outra vez. Ela já estava cansada de mandar os outros fazerem serviços, mesmo sabendo que eles acabariam falhando.
E agora, ela estava com poucas bestas para mandar ir atrás da garota. Ela sabia que se mandasse mais aqueles que restaram o seu contingente se limitaria a ela mesma.
Estava na hora de ela agir pessoalmente. Já não bastava marionetes fazer o trabalho de uma deusa.
Ela se aproximou na parede norte do cômodo em que ela estava e pegou seu cetro negro que estava apoiado na parede. Ela saiu dali com passos firmes ecoando naquele espaço tão grande e vazio.
Logo ela sumiu dali.
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Os caminhantes
Adventure🏆 6 indicações ao ADA2018 ; Vencedor do Prêmio Wattys2017, categoria: Os originais. CAPA FEITA POR: @stephen_curryGP Obra registrada. PLÁGIO É CRIME. Lei nº 9.610, de 1998. #4 em aventura no dia 21/11/17 **Sem revisão** Esquecid...