Yulla não parava de se debater, não importava o quanto Cam e Rafahel tentasse segurar seus membros, ela sempre dava um jeito de se libertar e correr para fora do campo de visão deles, mas sempre era arrastada outra vez e jogada na maca improvisada que fizeram para ela. Seus gritos ecoavam por toda a floresta. E ela não parava de dizer a mesma coisa:
– Gaia! Gaia! Gaia! – era sempre o mesmo nome.
Seus olhos se reviravam e ela começava a escumar uma espuma amarelada. Seu corpo estava encharcado de suor, braços arranhados e coração prestes a explodir. Cam não sabia o que fazer, assim como os seus problemas corporais que começaram a surgir quando entrara nas terras sagradas ele não sabia como curá-la de alguma forma. Se sentia o homem mais impotente do mundo. Rafahel passou um pano úmido na testa dela.
– E se não chegarmos a tempo até a deusa? – Cam perguntou com apreensão de receber a resposta que não queria ouvir.
Rafahel suspirou. Ele não gostava nem um pouco de tocar no assunto "deusa", Cam já havia notado isso.
– Não devemos nos apegar as probabilidades de isso acontecer.
– E se acontecer?
– Precisamos ir mais rápido. – mudou de assunto colocando a cara para fora da carruagem e mandando que os seres peludos puxassem a carruagem com mais rapidez.
A velocidade aumentou gradativamente.
Yulla remexeu a língua dentro da boca a procura de saliva para molhar sua garganta. Cam percebeu e molhou o pano pingando água em seus lábios. Ele pegou nos cabelos dela e aquilo pareceu acalmá-la, pois logo sua respiração se regularizou e o corpo relaxou. Ela estava de olhos fechados e os lábios entreabertos.
– Você não pode e não deve fazer isso comigo. – Cam sussurra passando a mão no rosto quente dela, ela virou a cabeça na direção da mão dele e deu um longo suspiro de contentação. – eu não sei o que eu farei se eu te perder.
– Você seguirá a sua vida sem mim. – ela respondeu sem abrir os olhos.
– Não diga uma bobagem dessa, você está apenas delirando.
– Cam... – a voz falhou momentaneamente e ela resolveu abrir os olhos, pelo menos o suficiente para enxerga-lo um pouco. – você precisa saber de uma coisa...
– Shhhh. – ele coloca os dedos nos lábios dela. – descanse um pouco, depois conversamos melhor.
Yulla desistiu de contar e fechou os olhos. Logo o cansaço tomou conta de todo o seu corpo.
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Os caminhantes
Adventure🏆 6 indicações ao ADA2018 ; Vencedor do Prêmio Wattys2017, categoria: Os originais. CAPA FEITA POR: @stephen_curryGP Obra registrada. PLÁGIO É CRIME. Lei nº 9.610, de 1998. #4 em aventura no dia 21/11/17 **Sem revisão** Esquecid...