Capítulo 25: Um pouco do que Cam não sabia

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Laifet era um jovem belo e energético, sempre ia à frente de tudo que sua tribo, os Lackan, faziam, principalmente na parte de movimento dos poderes, da magias de seu povo, que era passado de geração para geração e quando foi escolhido para ser o líder do terceiro grupo de caminhantes existente ele não esperava por menos que aquilo.

Depois de um tempo que ele fora escolhido seus comportamentos foram mudando, aquele jovem que era muito aclamado pelas pessoas foi se tornando um homem arredio e desconfiado, ninguém sabia ao certo o motivo daquilo. Ninguém, exceto seus seguidores que já tinham um prelúdio das loucuras que Laifet era capaz.

Eles começaram a perceber que alguma coisa estava estranha e muito errada quando Laifet foi contrariado por um dos caminhantes de nome Wellot em relação a sua conduta com sacrifício de animais, para Wellot, era muito cruel tirar a pele de um ser com ele estando vivo. Eles nunca haviam tido esse tipo de ensinamento antes entre os caminhantes, e, como eles não saberiam mais na frente, aquilo nunca mais seria feito por caminhantes como uma forma de tentar agradar a deusa.

No entanto, como Cam já havia relembrado aos caminhantes que agora o seguiam, aquela terceira geração havia percebido que não deviam seguir Laifet quando já era tarde demais.

Dez anos se passaram, sem que Laifet encontrasse o Coração da deusa, ele nem sabia que o Coração da deusa se encontrava bem perto de sua tribo, que era a mais distante de todas elas. Mesmo sem encontrar a deusa ele não desanimou, e mais ainda: ele não deixou de procurar uma forma de se fortalecer.

Laifet aprendeu todos os tipos de magia possíveis. Magia branca, magia negra. Qualquer tipo para ele servia e era bem vindo para sua mente e corpo. Ele já havia adquirido poder suficiente para persuadir seus homens sem precisar da força bruta, apenas brincando com a mente deles em jogos psicológicos perversos.

Um dia Laifet adquiriu tanto poder ancestral que veio uma "iluminação" em sua mente e ele pode, enfim, ver aonde o Coração da deusa estava. Então foram três anos para sair do lugar onde ele estava com seus caminhantes até chegar aonde ele queria.

Não fora fácil ultrapassar as barreiras para o seu destino, pois os seres mágicos que habitavam aquele lugar era muito fortes, mas não tão forte para detê-lo. Muitas espécies de poderes indescritíveis foram extintas por conta do egoísmo tolo de Laifet, seres que poderiam curar o mundo em que ele se encontrava atualmente.

O coração de Laifet estava corrompido a tal ponto de ele não sentir mais remorso algum, e o que ele queria e pensava, prevalecia. Ele e os seus, foram guiados até o centro principal de seu ato maquiavélico e eles terminaram de se corromper, fizeram algo mais ínfimo que matar os seres que ali habitavam e conseguiram a juventude eterna.

No momento que Rafahel e os outros perceberam através da "iluminação" de ideias, que o que eles fizeram não condizia com o que os caminhantes deviam fazer já era tarde demais e a amargura se alastrou em seus corpos e mentes como uma praga. Aquilo afetou todos. Todos menos Laifet que, naquele momento, se achava praticamente um deus.

E no presente, lá estava ele, sendo guiado para outro destino, um destino que ele nem imaginaria que seria capaz de presenciar. E com aquele encontro haveriam muitas outras consequências e verdades.

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