CAPÍTULO 5

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LUNNA NARRANDO - DEBUTANTE

Eu já me sinto cansada de tudo isso, as vezes tenho vontade de fugir, mas não seria justo, Lis se importa comigo, e provavelmente morreria de um infarto se eu fizesse isso

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Eu já me sinto cansada de tudo isso, as vezes tenho vontade de fugir, mas não seria justo, Lis se importa comigo, e provavelmente morreria de um infarto se eu fizesse isso. Quem sabe quando eu completar meus 21 anos eu não possa sair daqui, e seguir minha vida longe dele, talvez ela aceite e comigo, mas ainda me falta muito para isso.

Amanhã é meu aniversário de 15 anos, e como todos os anos será apenas eu e Lis, ele nunca lembra, ou apenas fingi que não lembra, e todos os anos eu espero que ele apareça.

Adormecir em um sono profundo e quando me dei conta o dia já havia amanhecido, mas eu não estava com a mínima vontade de sair da cama, até que Elisabeth apareceu no quarto, e eu já sabia o que ela queria.

__ Lunna! __ Lis chamou puxando as cobertas de cima de mim, mais feliz que o normal.

Abri meus olhos ainda pesados de sono, e encarei-a esperando que ela continuasse.

__ Adivinha que dia é hoje? __ indagou entusiasmada de mais.

__ Hummm. __ Pensei. __ Não faço a mínima idéia Lis. __ Respondi voltando a me deitar.

Mas não pude deixar de perceber a mudança em seu semblante, ela estava confusa, talvez porque eu esteja fingindo não lembrar do meu próprio aniversário, e eu não sou muita boa com fingimentos.

__ Hoje é o seu aniversário de 15 anos, não acredito que você esqueceu. __ Disse tirando as cobertas de cima de mim, e logo em seguida abriu as janelas do meu quarto dando passagem a um sol animado demais para o meu próprio gosto.

__ Naoooooo, fecha isso! __ Pedi, e ela não o fez.

__ Vamos, você precisa se arrumar para tomar café! __ Lis falou arrumando algumas coisas no criado mudo.

Eu sempre fingia esquecer meu aniversário, até porque já não é uma data tão especial para mim. Não depois que foi esquecida pela a pessoa que eu considero mais importante em minha vida. Era ele que todas as manhãs aparecia de surpresa no meu quarto acordando-me com chuva de arroz e cantarolando pelo os quatro cantos. Mesmo eu sendo tão pequena na época, ainda consigo ouvir sua voz soar pelos os meus ouvidos com as frases que ele sempre me dizia.

__ Parabéns pequena, está ficando mais velha em! __ Falou depositando um beijo em minha testa.

Mas tudo mudou com a distância que ele estabeleceu entre nós. Nesse momento eu só queria que ele estivesse aqui, como das outras vezes, mas não adianta ele está muito ocupado para se importar comigo. Talvez se meus pais não tivessem me abandonado eu não estaria passando por isso, talvez nem teria o conhecido.

Fingir não ter ouvido o que lis estava falado sobre meu aniversário, e lhe fiz a mesma pergunta de sempre. E pude ver a decepção estampada em sua face.

__ Aonde ele está? __ Indaguei envergonhada.

__ Ele não dormiu em casa. __ Respondeu cabis baixa. __ Disse que tinha que resolver alguns assuntos pedentes.

__ Hum, sei bem os assuntos pendentes. __ Comentei revirando os olhos. __ Lis você pode me deixar dormir mais um pouco? prometo está na mesa na hora do almoço! __ Pedi voltando a me cobrir com o meu edredom.

Ela não falou nada, apenas assentiu que sim.

__ Feliz aniversário lunna! __ Felicitou-me. Sua voz estava triste e desanimada.

__ Obrigada Lis! __ Agradeci mostrando-lhe um pequeno sorriso.

Lis saiu do quarto, e eu percebir o quanto eu havia a deixado triste, eu sei que estou sendo egoísta pensando apenas no que caleb deixou de see em minha vida, sendo que Liz se esforça todos os dias para me deixar feliz.

Eu não deveria me importar com a ausência dele, sendo que ele não dá a mínima para mim, talvez eu esteja agindo como uma garota fútil e mimada que têm sua vida girando em torno de uma pessoa só. Se ele mudou tanto comigo por nada, bom talvez eu deveria fazer o mesmo.

Mesmo com todo o carinho que eu sinto por ele, talvez seja a hora de dá o espaço que ele tanto almeja, até porque é provável que as coisas nunca voltem a ser como era antes, e quanto mais cedo eu me acostumar com essa idéia menor será o meu sofrimento. Estou certa de que ele nunca me verá de outra forma, eu sempre serei a garotinha que ele amparou na gélida noite de chuva e ajudou a cuidar, eu nunca serei mais do que isso pra ele. Uma órfã.

Talvez ele me culpe por ter interrompido sua vida, já que sempre esteve enfiado nesse lugar onde não se ver ninguém além de Elisabeth e eu.

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