Cap.10- Festa de família.

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Camille.

  Ele estava melhorando. Já estava se alimentando direito, já não tinha tantas dores de cabeça e nem cansaços. Ele só precisava de repouso. Ele me deu folga na terça.
– Como vai a patroa? – Anna perguntou enquanto fazíamos um bolo.
– Ela não é minha patroa.
– Ela é a mãe das crianças que você cuida, filhos do seu patrão.
– Ex do Alec.
– Está com ciúmes?
– Não. Ele nem a quer por perto...
– Sabe lá o que ele está fazendo... Simon e você estão de folga... Só estão ele, ela, Audrey e Caleb em casa...
  Dei uma cotovelada no braço dela e ela riu. Depois de um tempo, quando o bolo estava pronto, peguei um pedaço e levei pros 4.
– Deixa eu te levar. – Anna falou quando eu já estava saindo de casa.
– Tudo bem...
  Ela veio caminhando comigo. Não era tão longe. Ao chegarmos lá, ela ficou boquiaberta.
– Tem certeza que isso não é a casa do presidente? Não quero arranjar encrenca.
– Também fiquei mais ou menos assim. Bom... Obrigada pela companhia.
  Ela piscou pra mim e foi embora. Peguei as chaves e entrei.
  A sala estava vazia, sem barulho de crianças, sem passos, sem nada.
– Alec? – Chamei.
  Comecei à andar pela casa. Fui até o quarto dele. A cama estava vazia e desarrumada. Coloquei a mão sobre os lençóis. Suados. Entrei em pânico. Chamei o nome dele várias vezes, mas não ouvi resposta.
  Andei pelo corredor, com meus olhos cheios de lágrimas.
– Alec, isso não tem mais graça.
  De repente, esbarrei com alguém e caí no chão.
– Opa... Tá tudo bem?
  Olhei para cima e vi Alec com uma toalha amarrada na cintura e os cabelos molhados. Ele ria.
– Nunca mais me dê esse susto.
– Ótimo. Da próxima vez que eu for tomar banho eu vou te ligar, ok?
  Eu ri e ele me ajudou a levantar. Fomos até o quarto dele e eu me sentei na beira da cama. Ele foi até o banheiro e trocou de roupa. Ele colocou uma blusa verde, simples, uma calça larga e depois se deitou na cama.
– Onde estão todos? – Perguntei.
– Katie levou as crianças para tomar sorvete.
  Me sentei ao lado dele.
– Então... Estamos só eu e você.
– Felizmente. – Ele disse me puxando para seu colo.
  Eu ri.
– Tem alguma idéia de programa? – Ele perguntou.
– Sim. Trouxe uns filmes e fiz um bolo.
– Delícia...
– O filme ou o bolo?
– Nenhum dos dois. – Ele respondeu me olhando.
  Eu ri.
  Trouxe o bolo e coloquei o filme.
  Assistimos o filme em silêncio. Eu estava com a cabeça encostada em seu ombro e ele acariciava meus cabelos.
  Era um filme de terror.
– Meu Deus... – Eu falei, quando o filme acabou. – Qual a necessidade disso?
  Alec riu. Virei pra ele e encarei aqueles lindos olhos. Ele ficou enrolando mechas do meu cabelo nos dedos.
– Obrigado por... Vir aqui. Mas eu te dei folga. – Ele disse.
– De trabalho. Não de você. – Eu disse.
  Eu o beijei até ouvirmos o barulho da porta.
– Papai! Chegamos! – A voz de Caleb ecoou da sala.
– Estou aqui no quarto. – Alec disse ainda me olhando.
– Camille! – As crianças falaram juntas e vieram correndo me abraçar.
  Katie apareceu na porta com os braços cruzados sobre o peito e com um sorriso no rosto.
– Como você está se sentindo? – Ela perguntou para Alec.
– Bem. – Ele disse sem olhar pra ela.
– Quer alguma coisa? 
  Ele balançou a cabeça em um gesto negativo e ela foi embora. Alec colocou Caleb na cama e ficou fazendo cócegas nele enquanto eu e Audrey ríamos.
– Posso lhe fazer um convite? – Alec me perguntou.
– Você tem esse direito.
– Meu irmão está chegando de viagem e...
– Você tem um irmão?
– Sim. É... Meus pais vão fazer um jantar para recebê-lo. Quero que você vá comigo.
– Será que seus pais vão gostar?
– Não me importa. Quero entrar naquele jantar, de braços dados com você. Quero ver os homens morrerem de inveja...
  Eu ri.
– Está bem.
  Um sorriso maravilhoso se abriu em sua boca.
– Está bem. Passo na sua casa às 19:00.
  Assenti com a cabeça, dei um beijo nele e fui embora.

– Esse vestido parece uma segunda pele! – Falei para Anna que ria do meu esforço para ajeitar o vestido.
– Mas é o vestido mais sexy que você tem.
– Na verdade, ele é o único vestido que eu tenho, além daquele que eu usei no jantar. – Eu falei. – Anna, isso é um jantar com os pais dele. Por favor, me ajude.
– Tudo bem. – Ela retirou uma coisa do bolso. – Toma. – Ela me deu 60 dólares.
– Anna! Onde conseguiu isso?
– Jordan me deu... Anda logo, vamos comprar o vestido.
– Espera. Vou te pagar de volta, ok?
– Tá, vamos. Já são 17:40.
  Fomos até uma loja de roupas e Anna pegou várias opções de vestidos. Me apaixonei por um dos vestidos e escolhi ele. Era um vestido azul, nu nos braços. Havia detalhes que subiam meu pescoço e enrolavam a partir daí. Era um vestido simples mas era o que eu queria. Ele batia um pouco acima dos joelhos.
  Quando cheguei em casa, tomei um banho, me arrumei, fiz minha maquiagem e arrumei meu cabelo. Deixei meu cabelo solto, mas peguei duas mechas e prendi com um enfeite atrás, coloquei um salto alto preto, uma maquiagem leve e ajeitei o vestido. Me olhei no espelho, contente com o resultado.

À Procura do Amor (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora